14/4/2007
VARIAS COISAS
Várias coisas
Quando estou sem assunto para escrever, faço caminhada. E as inspirações brotam aos borbotões! O difícil é selecionar o que se vai escrever. Quando saio para minhas caminhadas pego em geral a estrada do campo limpo, sentido santo amaro ou pinheiros. E quando durante minha caminhada, estou criando, fico muitíssimo atento a tudo que chega à minha cabeça, muitas vezes me pego falando em voz alta. Acho que pelo menos aos escritores fosse dado o direito a loucura, pelo menos um pouco de excentricidade. Uma vez sai de casa em busca de algum assunto para escrever e fui parar no Jabaquara. Lá chegando como conheço bem a região fui até a igreja de S. Judas Tadeu, rezei um terço e após conversar com alguns amigos que encontrei por lá retornei para casa.
E dessa forma, um pensamento atrás do outro foi que me lembrei que posso servir de exemplo aqueles que querem concluir um curso superior, e sentem-se desmotivados devido a idade E fiquei ainda mais feliz em saber que por ter concluido já tarde um curso superior, muitos de minha idade, retornaram aos estudos. Vejam só minha responsabilidade! E já que estamos falando, entre outras coisas, da metalinguagem, lembrei-me de alguns casos interessante da nossa comunicação. E um deles foi na campanha para a prefeitura de S. Paulo, em 1985, em que Jânio Quadros teve o apoio do ex-ministro Delfim Neto. Durante um comício para moradores da periferia de S. Paulo, Delfim Neto terminou sua fala dizendo:
- “A grande causa do processo inflacionário é o déficit orçamentário!”.
Sendo corrigido logo em seguida por Jânio:
- Delfim, olhe para a cara daquele sujeito ali. O que você acha que ele entendeu do seu discurso? Ele não sabe o que é processo. Não sabe o que é inflacionário. Não sabe o que é déficit. E não tem a menor idéia do que é orçamentária.
Da próxima vez diga assim:
- A CAUSA DA CARESTIA É A ROUBALHEIRA DO GOVERNO!
Cuido do recreio de minha escola, quando adverti uma criança por está pondo a boca no bebedouro, dizia a ele que ele poderia contrair herpes bucal, já que o bebedouro é de uso de todos e poderia alguma criança ter a doença. Foi quando fui advertido pela coordenadora
- Seu Francisco a gente fala feridinha na boca, eles não entendem essa linguagem.
É vivendo e aprendendo.
Um amigo me contou que quando serviu à marinha, um comandante chegou para a tripulação e falou:
- Senhores recrutas, trouxeram seus utensílios?
E os recrutas ficaram calados. Mais uma vez o comandante falou:
- Senhores recrutas, trouxeram seus utensílios?
E todos calados...
Foi quando um sargento falou comandante deixa que eu fale com eles.
- CAMBADA! TROVERAM SUAS MUAMBAS?
E todos gritaram:
- TROVEMO! TROVEMO! TROVEMO!
Essa é nossa querida língua portuguesa, inculta e bela!
Francisco Gonçalves de Oliveira
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
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