sábado, 27 de março de 2010

Casal Nardoni é condenado.

Casal Nardoni é condenado pela morte de Isabella

Após cinco dias de julgamento, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta de Isabella, foram condenados a prisão pela morte da menina, então com 5 anos. O pai recebeu pena de 31 anos, um mês e dez dias, enquanto a madrasta foi condenada a 26 anos e oito meses de prisão.

O casal Nardoni vai cumprir a sentença em regime fechado. Eles foram condenados por homicídio triplamente qualificado, por usarem meio cruel, dificultarem a defesa da vítima e tentarem esconder o crime anterando o local.

Durante esta sexta-feira, acusação e defesa apresentaram suas teses para o júri popular, composto de 4 mulheres e 3 homens, no Fórum de Santana, zona norte de São Paulo. Nas primeiras horas deste sábado, o juiz anunciou a sentença com a condenação dos réus.

Pela manhã, O promotor Francisco Cembranelli afirmou que o casal Nardoni estava no apartamento quando a menina Isabella foi atirada pela janela do sexto andar do Edifício London, no dia 29 de março de 2008.

"Eles (Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá) estavam no apartamento quando Isabella foi jogada", disse Cembranelli, na primeira parte do debate entre defesa e acusação, ao comparar as ligações telefônicas entre vizinhos e polícia no dia do crime. Com base em uma reprodução cronológica das ligações, o promotor cravou: "Contra fato não há argumento."

Na segunda parte de sua exposição no quinto dia de julgamento do caso Isabella, o promotor Francisco Cembranelli continuou calcado na cronologia e na perícia para colocar o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá na cena do crime. Ele alegou que o depoimento dos réus não faz sentido. "No momento em que o casal estava lá dentro (do apartamento) é que ela foi defenestrada. Isso é prova científica, senhores jurados. Não cabe contestação", disse ele, usando a maquete para ilustrar seus argumentos.

O advogado de defesa, o criminalista Roberto Podval, usou dois apartes formais - interrupções dentro do código - para criticar a perícia e perguntar sobre as provas, que, segundo ele, não existem. "Como a defesa não pode discutir a perícia, vão dizer que a perita não presta", rebateu o promotor.

Cembranelli traçou um perfil psicológico de Anna Carolina Jatobá, dizendo que ela é uma pessoa "perturbada, cansada e dependente financeiramente da família do marido".

Defesa critica sociedade e imprensa
Na sua vez, o advogado criminalista Roberto Podval, que defende os Nardoni, criticou a postura da imprensa e da sociedade no caso. "Se não houvesse essa loucura toda (olha para os jornalistas da sala), eles seriam absolvidos, porque não há provas. Eles entraram condenados sem serem julgados."

Podval citou o caso da inglesa Madeleine McCann, que aos 5 anos desapareceu durante viagem a Portugal com os pais. E lembrou que em determinado ponto da investigação, eles foram colocados como suspeitos.

Por volta das 16h50, o advogado terminou sua parte citando frase de Chico Xavier. "Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas podemos fazer um novo fim", afirmou ao júri. Às 17h46, começou a réplica da acusação.

Promotor diz que madrasta é 'barril de pólvora'
Durante a primeira parte da réplica da acusação, o promotor Francisco Cembranelli afirmou que Anna Carolina Jatobá, acusada de participar da morte de Isabella Nardoni, "é um barril de pólvora prestes a explodir." Ele voltou a acusar a ré de ter agredido a vítima por ciúmes.

O promotor lembrou que Isabella era muito parecida com a mãe, o que teria despertado a ira da madrasta. "Todas as brigas tinham o mesmo motivo: o ciúme doentio que Jatobá tinha de Ana Carolina."
Com a ausência de provas periciais contra a madrasta, Cembranelli se esforçou para traçar ao júri o perfil psicológico da acusada. Disse que ela se referia à mãe da menina como "aquela vagabunda" e destacou que há pessoas que sofrem "transtorno temporário" por alguma razão.

"Era ela quem esmurrava vidraças, esmurrava o marido, atirava o filho no berço", acrescentou. "Estou mostrando que há uma prova evidente de que ela poderia fazer o que fazia habitualmente: agredir as pessoas."
Sobre o fio de cabelo encontrado na cena do crime, que a defesa expôs hoje como uma das provas que não foram periciadas, Cembranelli questionou: "se fosse algo tão importante, por que não pediram DNA antes?". "A defesa trabalha com a dúvida", completou.

(Com informações da Agência Estado)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Caso Isabella Nardoni

Quem é pai sabe que nossos filhos são nossos tesouros. Quando ocorre magoá-los doi mais em nós que neles próprio. Acho impossível que um pai não se sinta culpado por algo que tenha dado errado com um filho. Quando vão bem nos orgulhamos e por que não nos culpamos também quando fracassam? A dor do Alexandre Nardoni, pai da Isabella não deveria ser pelo fato de ser condenado, mas, principalmente pela fato de ter perdido uma filha que só encantou o Brasil, um anjo.
Para mim, falo como pai, ele já está condenado, independente do julgamento. Ficaria menos deprimente se ele confessasse sua culpa. A filha estava sobre sua guarda portanto, em que pese qualquer outro julgamento ele é culpado. Não vi nele nenhuma reação em relação à morte da filha, mas um preoculpação constante em provar sua inocência. E o mais triste é ele não reconhecer, nesse episódio, sua culpa.
A madrasta,Carolina Jatobá mesmo que tenha participado direto ou indiretamente no assassinato sua culpa é atenuada por levar em consideração que não havia afinidades consanguineas. Pode-se alegar ciumes, inveja ou outro sentimento, mas e o pai... O caso é muito parecido com os assassinios da Daniela Peres em que o casal Guilherme de Padua e Paula Tomaz fizeram um pacto de silêncio em torno do crime. Caso não haja uma confissão dos reus só o tempo dirá o que aconteceu naquela fria noite de 29 de março de 2008, em que é encontrada caida sobre o jardim de um prédio uma criança de cinco anos de idade. Isso, por sí só, já os condena ou o condena.

Francisco Gonçalves de Oliveira

sábado, 20 de março de 2010

Desaforamento

Desaforamento é um blog que pretende ser desaforado, no que diz respeito aos direitos invioláveis da pessoa humana. Como pode uma mãe ser presa por maus tratos aos filhos, sem que ela tenha condições de cuidar, dela mesmo? Ou quando, mesmo por pura ignorância, alguém é pego cometendo qualquer delito, constitucionalmente prescrito como crime, será arbitrariamente preso. Entretanto, se o mesmo delito for cometido por descaso do Estado a pena é abolida. O hino da internacional socialista diz que o crime do rico a lei proteje, e ao pobre tudo é proibido. Nota-se que um cão é mais bem tratado que uma criança. A sociedade protetora dos animais é muito mais competente em defesa de seus ideais que as instituições que defendem as crianças. Pouco se ver essas instituições acionando a justiça contra o Estado para reivindicar direitos da criança. O Estado oferece todas as garantias para que a criança tenha de fato e de direito a liberdade prescrita em lei. É preciso cobrar esse direito.
Fico muito triste, quando vejo crianças abandonadas nas ruas sem a mínima assistência social. Vejo isso, impotente para resolver tal situação. Será que ninguém mais ver... Todos estão cegos, surdos, insensíveis! Outro dia andando pelas ruas do centro de São paulo ví que algo se mexia no lixo... Curioso me aproximei para ver o que estava acontecendo ali, imaginei ser algum animal abandonado, embora esses, sejam mais requisitados que crianças. Não era um animal, era uma criança, que segurava em uma das mãos um saco contendo cola... Ela estava suja, magra, mal vestida e cheirava mal. Na região central de São Paulo isso é comum e não há somente crianças, há também jovens e adultos. A mim... Coitado! Sinto-me feliz por poder viver com dignidade, a felicidade é uma obrigação que me imponho! Mas, ao mesmo tempo, vendo alí em minha frente tal realidade, causa-me vergonha! Vergonha de ter condições de viver, verganha de ser gente, verganha da minha impotência de não poder fazer nada, todos estão mortos!
Esse é ano de eleições. Quantas promessas vamos ouvir de políticos que se aproveitam da miséria do povo para se elegerem. Não há vontade política para eliminar as causas. A miséria serve para mais uma campanha demagógica e é graças a ela que eles se elegem. Eliminá-la, é automaticamente acabar com o discusso, não há programa para essa area, só discusso. Contudo, como cidadão, não posso fugir à responsabilidade. Ainda acredito que somente através do voto consciente poderemos mudar essa realiade. Existe bons políticos, e você, que ler esse artigo, poderá ser um deles, se os bons não assumirem suas responsabilidades como cidadãos, deixaremos a política para os maus políticos. Vamos eliminar os espertos e malandros, a mudança está em nossas mãos.