O testamento
Um homem rico, sem filhos, sentindo-se morrer, pediu papel e caneta e escreveu assim:
“Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do mecânico nada aos pobres”.
Não teve tempo de pontuar - morreu.
“Deixo meus bens à minha irmã, não a meu sobrinho, jamais será paga, a conta do mecânico, nada aos pobres”.
“Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho, jamais será paga a conta do mecânico, nada aos pobres”.
“Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais. Será paga a conta do mecânico. Nada aos pobres”.
“Deixo meus bens à minha irmã? Não. A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do mecânico? Nada! Aos pobres”.
Vejam quanta possibilidade existe de se mudar um texto usando apenas a pontuação.
Francisco Gonçalves de Oliveira
O analfabeto político
Bertold Brecht
“ O pior analfabeto
E o analfabeto político.
Ele na houve,
Não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
O preço do feijão,
Do peixe,
Da farinha, do aluguel,
Do salário e do remédio
Dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro
Que se orgulha e estufa o peito,
Dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que,
Da sua ignorância política
Nasce a prostituta,
O menor abandonado, o assaltante.
E o pior de todos os bandidos:
O político vigarista,
Pilantra, o corrupto.
E lacaio das empresas nacionais e “multinacionais”
Francisco Gonçalves de Oliveira
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
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