terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O testamento

O testamento



Um homem rico, sem filhos, sentindo-se morrer, pediu papel e caneta e escreveu assim:



“Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do mecânico nada aos pobres”.

Não teve tempo de pontuar - morreu.



“Deixo meus bens à minha irmã, não a meu sobrinho, jamais será paga, a conta do mecânico, nada aos pobres”.



“Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho, jamais será paga a conta do mecânico, nada aos pobres”.



“Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais. Será paga a conta do mecânico. Nada aos pobres”.



“Deixo meus bens à minha irmã? Não. A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do mecânico? Nada! Aos pobres”.



Vejam quanta possibilidade existe de se mudar um texto usando apenas a pontuação.



Francisco Gonçalves de Oliveira

O analfabeto político



Bertold Brecht





“ O pior analfabeto

E o analfabeto político.

Ele na houve,

Não fala,

Nem participa dos acontecimentos políticos.



Ele não sabe que o custo de vida,

O preço do feijão,

Do peixe,

Da farinha, do aluguel,

Do salário e do remédio

Dependem das decisões políticas.



O analfabeto político é tão burro

Que se orgulha e estufa o peito,

Dizendo que odeia a política.



Não sabe o imbecil que,

Da sua ignorância política

Nasce a prostituta,

O menor abandonado, o assaltante.

E o pior de todos os bandidos:

O político vigarista,

Pilantra, o corrupto.

E lacaio das empresas nacionais e “multinacionais”

Francisco Gonçalves de Oliveira

Nenhum comentário:

Postar um comentário