terça-feira, 25 de janeiro de 2011

COLA – TUDO



Flora Figueiredo.



Encontrei um verso fraturado

Caído na esquina da rua do lado

Tinha se perdido de um coração saudoso

Que passava por ali, desiludido.

Coloquei-o de pé

Emendei seus pedaços.

Refiz suas linhas

Retoquei seus traços

Afaguei suas dores como se fossem minhas.

Agora, novamente estruturado.

Espero que ele não olhe para trás

E não misture sonhos

Com amargas falências do passado;

Que saiba enfeitar a estrela lá na frente

Com fartos laços de rima colorida.

...pois é para o futuro que caminham.

Todos os passos apressado desta vida.

Um soneto para Isabella



Em palavras e atos tropecei

Mas que sei eu...

Só sei que nada sei.

Do sexto andar ninguém arrefeceu



Dirá o assassino, eu matei?

Nunca saberemos o que lá aconteceu

Se não houver confissão, eu errei.

A verdade é que Isabella ali morreu



No jardim entre flores derramei

A última lágrima de um errante fariseu

Será que serei pego pela lei...



Não! Nem nunca será num país como o seu.

Onde quem tem dinheiro é Rei.

Protegido por um príncipe asmodeu.



Francisco Gonçalves de Oliveira

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