27/3/2010
Bíblia Sagrada.
BIBLIA-CATOLICOS X PROTESTANTES
LIVROS APOCRIFOS
06:25 PM, 29/1/2009
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LIVROS APOCRIFOS
Encontra-se na internet uma página com o título:
HERESÍAS DOS LIVROS APÓCRIFOS.
Assinado por: Paulo Cristiano do, CACP – Centro Apologético Cristão de Pesquisa.
No texto citado, existem tantos erros que resolvi dar minha opinião sobre o assunto.
LIVROS APÓCRIFOS OU DEUTEROCANÔNICOS?
Os livros: TOBIAS, JUDETE,BARUC, ECLESIASTICO, SABEDORIA DE SALOMÃO, MACABEUS I, MCABEUS II, são chamados pelo protestante de APÓCRIFOS. Estes mesmos livros são chamados pelos católicos de: DEUTEROCANÔNICOS. Qual é a diferença?
APÓCRIFO significa sem autenticidade ou de autoria duvidosa. Usa-se este termo para dizer que tal obra não tem sua autenticidade comprovada. Por isso, não fazem parte da Bíblia.
DEUTEROCANÔNICOS significa dizer que estes livros fazem parte da segunda (deutero) relação. – Os judeus fizeram duas relações dos livros da Bíblia (cânon). Uma em Jerusalém e outra em Alexandria.
A Igreja católica, chama de apócrifos todos os livros que não fazem parte da Bíblia definida e aprovada pela Igreja Católica, no Concílio de Trento. Vários livros, foram rejeitados ou aceitos por algumas comunidades ou pessoas ilustres durante um longo período. Lutero, por discordar da Igreja, rejeitou a carta de Tiago, chamando-a de “carta de palha”. A Bíblia católica é o ponto final na discussão sobre quais livros são Palavra de Deus, no sentido de ser norma de vida (Canon) uma vez que, existiam evangelhos cheios de lendas, muitas vezes referentes a outras pessoas, que eram transferidas para Jesus.
No início do cristianismo, a vida cristã, motivou muitas pessoas a escreverem sobre Jesus. O “Decreto Gelasiano” contem um elenco de livros do Novo Testamento que foram repudiados pela Igreja Católica. Entre estes, temos: Os atos do apóstolo Tomé, André, Pedro e Filipe. – Evangelho de Matias, Barnabé, Tiago, Pedro, Tomé, Bartolomeu, e tantos outros escritos, perfazendo um total de 60 títulos. (cf. Moraldi L (pg. 21) – Evangelhos Apócrifos – Paulus. 1999.
Foi por causa da confusão causada pela enorme quantidade de livros que a Igreja Católica, fez um Concílio (Trento) para definir os livros canônicos = Palavra de Deus, dos que eram produto apenas da piedade de alguns cristãos.
“Epícteto, escreveu que, filosofar não é outra coisa senão estabelecer cânones, isto é, regras fundamentais do reto uso da liberdade”. (Diss., 2,11,24).
Neste sentido de norma, de juízo reto e regra de vida, o termo Cânon foi desenvolvido na igreja dos primeiros séculos. De fato, desde o princípio da difusão da Doutrina Cristã, sentiu-se, na necessária variedade, a necessidade de unidade. Para isso, eram indispensáveis normas doutrinais e morais unitárias. Aconteceu mais de uma vez e em lugares diferentes: o que até então era considerado certo, isto é, cristão, fosse julgado herético e, portanto, rejeitável. Estabeleceu-se, pois, um Canon que designava as normas fundamentais obrigatórias para todos os que professavam a fé cristã.
Na Igreja primitiva o Cânon era a norma com a qual eram julgadas todas as coisas. Canônico significa, na prática, santo, divino, sem erro importante. Foi com esta visão que em 360, no art. 59, o Concílio de Laodicéia, proíbe que sejam lidos na igreja salmos e livros não canônicos. Assim, os livros do Antigo e Novo Testamento da metade do séc. I constituíram um conjunto chamado cânon, termo esse que logo se tornou sinônimo de Bíblia. Ao cânon foram opostos os apócrifos, isto é, os escritos que não foram canonizados pela Igreja. (cf. Moraldi L. (pg 12) – Paulus. 1999.
Diante desta realidade, pergunta-se: Quem sempre teve autoridade para definir os livros da Bíblia? A Igreja Católica, pois foi ela que viveu estes momentos. As igrejas protestantes estavam longe de aparecer.
Os protestantes chamam de apócrifos os 7 livros que fazem parte da Bíblia católica mas não estão na protestante. Por que existe esta diferença entre as duas Bíblias?
O judeus, ainda hoje, se consideram judeus embora tenham nascido ou morem em qualquer terra ou pais. Nos últimos séculos antes de Cristo, existiam duas comunidades judaicas. Uma na Palestina e outra em Alexandria (Egito). A comunidade de Alexandria organizou a lista (Canon) dos livros sagrados e os traduziu para o grego que era a língua falada na região. Esta relação era tão conhecida que os apóstolos não tiveram a menor dificuldade em aceitá-la. Aliás, usando o Antigo Testamento escrito em grego, facilitava a pregação por ser a língua que o povo entendia. Por isso, estes livros estão sendo usados pela Igreja católica desde aquele tempo sem nunca serem contestados a não ser por Lutero quando resolveu traduzir a Bíblia para a língua alemã e fez opção pela relação (Canon) de livros do Antigo Testamento feita em Jerusalém. Entre a relação dos livros feita em Alexandria e a de Jerusalém, existe a diferença dos 7 livros citados acima.
leite.cincinato@yahoo.com.br
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
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