Expressões populares
O significado de algumas expressões populares
Nas coxas
As primeiras telhas do Brasil eram feitas de argilas moldadas nas coxas dos escravos. Como os escravos variavam de tamanho e de porte físico, as telhas ficavam desiguais. Daí a expressão “fazendo nas coxas”, ou seja, de qualquer jeito.
Dourar a pílula
Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas amargas em papel dourado para melhorar o aspecto do remédio. Assim a expressão “dourar a pílula” significa melhorar a aparência de algo ruim.
Casa da mãe Joana
Na época do Brasil império, mais especificamente durante a menoridade de Dom Pedro 2º, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como, fora dali, esses homens mandavam e desmandavam no país, a expressão “casa da mãe Joana” ficou conhecida como sinônima de lugar em que ninguém manda.
Conto do vigário
Duas Igrejas de Ouro preto receberam como presente, uma única imagem de determinada santa, e, para decidir qual das duas ficaria com o ícone, os vigários apelaram à decisão de um burrico. Colocaram-no entre as duas paróquias e esperou o animalzinho caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E o burrico calmamente caminhou direto para um delas... Só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burrico, e o “conto do vigário” passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.
Voto de minerva
Na mitologia grega, Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado de tê-la assassinado. No julgamento havia empate entre os jurados, cabendo à deusa Minerva, da sabedoria, o voto decisivo. O réu foi absolvido, e “Voto de Minerva” é, portanto o voto decisivo.
A ver navios
Dom Sebastião, jovem e querido rei de Portugal (séc. xvi), desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos. Provavelmente morreu, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por isso o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca, e era comum que pessoas subissem ao alto de Santa Catarina, na esperança de ver o Rei regressando à pátria. Como ele não regressou, o povo ficava “A ver navios”.
Não entendo patavina
Os portugueses tinham enormes dificuldades em entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova. Daí que “não entender patavina” significa não entender nada.
Sem eira nem beira
Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira ao pé do telhado da casa era sinal de riqueza e cultura. Estar “sem eira nem beira” significa que a pessoa é pobre e não tem sustentáculo no raciocínio.
Canto do cisne
Conta-se que o cisne emite um belíssimo canto pouco antes de morrer. Com o passar do tempo passou a significar obra notável produzida pelo fim da vida de alguém. A expressão “canto do cisne” representa, portanto, as últimas realizações de um autor.
Canto da sereia
São palavras ou atos atrativos com quem alguém procura conquistar amizade, confiança ou favores de outra pessoa. Quem recebe os agrados entende como algo muito bom e que vai lhe trazer algum beneficio, mas na verdade entendeu de forma equivocada e vai ter prejuízo. Azar seu, pos caiu no “canto da sereia”.
E para terminar coloquem as vírgulas nos lugares certos:
Trouxeram um caso para que o rei Salomão resolvesse. Um juiz entrega um bilhete a um condenado e diz: Entregue ao rei Salomão ele o entenderá.
“Se o povo o condena eu não absolvo”.
Francisco Gonçalves de Oliveira
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
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