20/2/2008
A viagem parte um
Minha viagem
Há tempos que estou pensando em escrever o roteiro de minha recente viagem ao ceará. Mas como sou muito preguiçoso para escrever, e a preguiça é a maior inimiga de um escritor, protelei o trabalho. Até que escrever não é difícil, mas sentar e pensar o que você vai dizer, para que alguém possa ler e sentir alguma reação, é mais complicado. Muitas vezes o escritor apela à uma provocação, pura e simplesmente, para que encontre alguém, que por qualquer que seja seu impulso, possa ler. Só que escrever é a arte de provocar o leitor não acha? Lá vem eu com minhas incoerências, isso é segredo! Mas eu procuro ser o mais transparente possível, embora seja difícil. Levando em conta de que meus escritos, não têm personagem. Quem escreve sou eu autor,para desafogar minha ansiedade.
E é assim que pretendo contar minha saga pelo sertão do ceará.
Cheguei a Várzea Alegre pontualmente às 11h00m, tomei um táxi e rumei para casa de minha mãe.Estava em "rajalegre" que coisa! É Muito mágico essa vida de viajante, você está hoje aqui e amanhã se encontra em outro lugar... É como se você pegasse um livro, e a cada página que você lesse a um simples toque dos seus dedos, estava ali presente aos seus olhos, uma nova realidade... Viajar e ler tem para mim a mesma importância, no que diz respeito ao desconhecido. Mesmo que você leia o mesmo livro, ou viaje à mesma localidade, sempre terá um mundo diferente a descobrir.
Como diz Pablo Neruda em seu livro, “Confesso que Vivi:” Estas memórias ou lembranças são intermitentes e, por momentos, me escapam porque a vida é exatamente assim. A intermitência do sonho nos permite suportar os dias de trabalho. Neruda lembrou muito bem, os dias de trabalho! Com essa citação de Neruda, me coloco diante do leitor, já lhe advertindo, de que o que tenho é apenas memórias, de uma longa e dolorosa viagem, que começou no dia 05/12/07 em Taboão da Serra - SP. Tomamos um ônibus da Itapemirim, com destino à Juazeiro do Norte-ce. Não vou citar aqui o sofrimento que é viajar 42 horas com criança daqui para o nordeste. Fico a imaginar como foi difícil a viagem do presidente Lula em um Pau-de-Arara de Garanhuns até Santos litoral paulista, foram 13 dias com toda familia, se alimentando apenas com um pouco de farinha, queijo, e rapadura. Mas valeu " nego" véio hoje você é o presidente da república. Estivesse eu só, seria uma aventura e tanto! Mas com criança, esse tipo de aventura é loucura.
E na volta para S. Paulo optamos pela viagem aérea, com todos os problemas que tem hoje o país, em relação ao transporte aéreo. Mas é bom também que fique registrado, que em relação ao caos aéreo,problema de rico muitas vezes é alegria de pobre. Enquanto eles gritam e berram porque seu vôo foi cancelado, eu adorei ficar em um hotel luxuoso pago pela OCEANAIR. Claro que estando eu de férias aguardei na lista de espera, para curtir um pouco mais aquele, esplendoroso hotel.
O avião foker, vôo 6142 teve uma longa parada em Recife, por causa de um pequeno problema, que não fosse o jeitinho brasileiro, teria acontecido um incidente diplomático animal! É que nesse vou viajava um grupo de 50 jovens de uma ONG por nome " Amigos do Bem contra a fome e a miséria no sertão nordestino.!Diziam ser contra a fome e a miséria, e tem quem seja a favor? Particularmente eu não vi meséria por lá, hoje há mais miséria aqui no sudeste rico, do que no nordeste pobre, mas... Ah! Quem foi o causador de toda essa confusão? Um pequeno e indefeso cãozinho que uma senhora pertencente a ONG trazia e que se não fosse à diplomacia do nosso tradicional jeitinho brasileiro interpretado por um nissei, o coitado teria desembarcado no meio do caminho.
Finalmente à bordo do focker da OceanAir, tivemos uma acolhida de primeiríssima linha! Os comissários de bordo, todos foram muitos gentis, nos proporcionando uma viagem, tranqüila e segura.
A história não termina aqui, retornarei em outro momento.
E por hoje, é só!
Francisco Gonçalves de Oliveira
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
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