quinta-feira, 25 de novembro de 2010

DOBBY



DOBBY!

O Elfo oscilou levemente, as estrelas refletiram em seus grandes olhos brilhantes. Juntos, ele e Harry olharam para o cabo de prata da faca espetada no peito arfante do elfo.

-Dobby...não...SOCORRO! - berrou Harry em direção ao chalé, às pessoas que se moviam lá. - SOCORRO!
Ele não sabia nem se importava se eram bruxos ou trouxas, amigos ou inimigos; só se importava com a mancha escura que se espalhava pelo peito de Dobby, e que o elfo estendera os braços finos para Harry com um olhar súplice. Harry segurou-o e deitou-o de lado no capim fresco.
-Dobby, não, não morra, não morra...
Os olhos do elfo encontraram os seus e seus lábios se mexeram em um esforço para formar palavras.
-Harry.. Potter...
E, então, com um tremor, o elfo ficou muito quieto e o seus olhos eram apenas grandes globos vítreos salpicados com a luz das estrelas que eles já não podiam ver.

domingo, 10 de outubro de 2010

Gotas de Orvalho



A gota de sangue e a gota de orvalho
São humildes e enormes.
A minha dor é orvalho,
Minha lágrima é sangue,
Meu ser completamente em estado
De busca permanente.
Pura e insistente reciprocidade
de carinho,
É tudo o que busco.
É tudo que ouso pedir
À pessoa que me desvendar
E me receber, assim humilde,
simples gota de sangue
Pulsando vida.

Esse é um poema publicado na ante capa do meu livro Gotas de Orvalho. Um livro com poemas de dois autores eu e o Germano dos Santos de oliveira. Na verdade esse livro era para ser chamado Gota de Orvalho em homenagem a uma namorada do Germano, mas para que essa homenagem ficasse camuflada por problemas óbvios, ficou sendo Gotas de Orvalho.

Eleições 2010





Dois Pesos...
Maria Rita Kehl
O Estado de São Paulo, 2/10/2010



Este jornal teve uma atitude que considero digna: explicitou aos
leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim
mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate
eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores
se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a
disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em
espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso,
alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos
luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido
soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é
maquiada, mas na internet o jogo é duro.

Se o povão das chamadas classes D e E – os que vivem nos grotões
perdidos do interior do Brasil – tivesse acesso à internet, talvez se
revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam
seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a
favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito
anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são
expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao
preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.

Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos
destinatários. Reproduzia a denúncia feita por “uma prima” do autor,
residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos
trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que
ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os
candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o
dinheiro da Bolsa-Família. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se
fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os
verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava,
capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma
miséria? Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor
do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do
emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos
espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido
fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o
valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para
quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.

Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade
do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum
paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do
governo. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes
disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de
José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as
famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao
dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já
conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a
comprar o que comer. O economista Paul Singer informa que, nas cidades
pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente
sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem,
proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto
da turma da “esmolinha” é político e revela consciência de classe
recém-adquirida.

O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os
indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns
empregadores costumavam contratar, por menos de um salário mínimo,
pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus
direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas
condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que
apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em
estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano tem ideia de
quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de
R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à
população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos.
Um amigo chamou esse efeito de “acumulação primitiva de democracia”.

Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os
brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão
preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de
2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros
que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios
interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos
pensavam nos interesses do País. Jaguaribe só não explicou como foi
possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava
com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando
com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser
desqualificado como pouco republicano.

Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha
da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre
caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que
votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os
sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela
via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a
público desqualificar a seriedade de seus votos.

sábado, 2 de outubro de 2010

Sistema Eleitoral Cubano



O Sistema Político e Eleitoral em

Cuba

O questionar constante do sistema político e eleitoral cubano constitui um dos pilares fundamentais da campanha inimiga contra nosso país, liderada pelos Estados Unidos. A atividade contra Cuba em matéria de democracia e direitos humanos, não só constitui a principal ferramenta dos Estados Unidos para tratar de “legitimar” sua política de hostilidade e agressão contra Cuba; senão que responde também ao interesse dos principais países capitalistas industrializados de impor aos países em desenvolvimento um modelo de organização política que facilite a dominação.

Em sua campanha contra Cuba, Washington pretende demonstrar a incompatibilidade do sistema político que estabelece a Constituição do país com as normas internacionalmente aceitas em matéria de democracia e direitos humanos e fabricar a imagem de uma sociedade intolerante que não permite a mínima diversidade e pluralidade política. Para isso, conta com poderosos instrumentos de propaganda e abundantes recursos que utiliza para o recrutamento, organização e financiamento de pequenos grupos contra-revolucionários que apresenta como “oposição política”, tanto dentro como fora do país.

A manipulação do conceito da democracia pelas principais potências ocidentais atingiu recentemente magnitudes muito perigosas. Aqueles que se afastam do modelo democrático que preconizam, dos padrões e valores que promovem, não só são submetidos a fortes críticas através da propaganda e das instituições internacionais que controlam a chamada “defesa da democracia”, como também se convertem em potenciais “vítimas” da doutrina de intervenção que desenvolvem as potências imperialistas.

Cuba defende e apoia o direito dos povos à livre determinação, reconhecida internacionalmente como um direito inalienável no consenso atingido na Conferência Mundial de Direitos Humanos, celebrada em Viena, em 1993. Na própria Declaração e Programa de Ação de Viena se estabeleceu, assim mesmo, que “a democracia se baseia na vontade do povo, livremente expressa, para determinar seu próprio regime político, econômico, social e cultural e em sua plena participação em todos os aspectos da vida”, e se reconheceu a importância “das particularidades nacionais e regionais, bem como dos diversos patrimônios históricos, culturais e religiosos”.

É sobre a base destes postulados, ignorados abertamente pelos que tentam impor seus modelos como “únicos”, que se erige o sistema político cubano, um modelo escolhido e defendido pelos próprios cubanos, genuinamente autóctone e autêntico, fundamentado na igualdade e solidariedade entre os homens e mulheres, na independência, na soberania e na justiça social.

Nosso país já conheceu o modelo que hoje tentam impor-lhe, já viveu a triste experiência do sistema de “vários partidos” e “representativo” que lhe receitou os Estados Unidos, e que trouxe, como conseqüência, a dependência externa, a corrupção, o analfabetismo e a pobreza de amplos setores da população, o racismo, em resumo, a completa negação dos mais elementares direitos individuais e coletivos, incluindo o direito a umas eleições verdadeiramente livres e democráticas.

Este sistema e a permanente política de ingerência norte-americana, não só criaram dirigentes ladrões e corruptos, como impuseram ditaduras tirânicas e assassinas, promovidas e apoiadas diretamente pelo governo dos Estados Unidos.

Por tudo isso, a Revolução cubana não podia assumir este sistema se, verdadeiramente, queria resolver os males herdados. Desta forma, o país se propôs a desenhar seu próprio modelo, para o qual, remexeu em suas próprias raízes e foi ao pensamento social, humanista e patriótico dos mais preclaros proveres da nação cubana.

O primeiro que teria que sublinhar então para explicar o sistema político cubano, é que nosso modelo não é importado, nunca foi uma cópia do modelo soviético, nem do existente nos países socialistas naquele momento, como quiseram fazer ver os inimigos da Revolução. O sistema político de Cuba nasce e se corresponde com o devir da evolução histórica do processo político-social da nação cubana, com seus acertos e desacertos, com seus avanços e retrocessos. O fato de que a formação e desenvolvimento da nação cubana, durante seus mais de 130 anos de existência, tenham enfrentado praticamente os mesmos fatores externos e internos, favoreceu uma história coerente, permitindo desenvolver a ideia de construir uma nação forjada pelos próprios cubanos.

A existência de um só partido no sistema cubano está determinada, entre outros, por fatores históricos e contemporâneos. Nosso Partido é a continuidade histórica do Partido Revolucionário Cubano fundado por José Martí para unir todo o povo, com o objetivo de atingir a absoluta independência de Cuba. Aqueles fatores que deram origem a dito Partido, libertar Cuba e impedir sua anexação aos Estados Unidos, são os mesmos que estão presentes hoje quando nosso povo enfrenta um férreo bloqueio econômico, comercial, financeiro e outras ações hostis que têm como objetivo depor o governo e destruir o sistema instaurado no país por decisão soberana de todos os cubanos.

Nosso Partido desenvolve seu labor mediante a persuasão, o convencimento e em estreita e permanente vinculação com as massas, e as decisões que adota são de obrigatório cumprimento, unicamente, para seus militantes. Não é um partido eleitoral e lhe está proibido, não só de nomear candidatos, como de participar em qualquer outro momento do processo eleitoral. Esta concepção e esta prática garantem que, num sistema onde existe um só partido, desenvolva e prevaleça a mais ampla pluralidade de opiniões.

Características do sistema político e eleitoral cubano:

1. Inscrição universal, automática e gratuita de todos os cidadãos com direito a voto, a partir dos 16 anos de idade.

2. Postulação dos candidatos diretamente pelos próprios eleitores em assembleias públicas (em muitos países são os partidos políticos os que nomeiam os candidatos).

3. Inexistência de campanhas eleitorais discriminatórias, milionárias, ofensivas, difamatórias e manipuladas.

4. Total limpeza e transparência nas eleições. As urnas são custodiadas por meninos e jovens pioneiros, são seladas na presença da população e a contagem dos votos se faz de maneira pública, podendo participar a imprensa nacional e estrangeira, diplomatas, turistas e todos o que desejarem.

5. Obrigação de que todos os eleitos o sejam por maioria. O candidato só é eleito se obtiver mais de 50% dos votos válidos emitidos. Se este resultado não for atingido no primeiro turno, irão ao segundo os dois que mais votos obtiveram.

6. O voto é livre, igual e secreto. Todos os cidadãos cubanos têm o direito de eleger e ser eleitos. Como não há lista de partidos, vota-se diretamente no candidato que se deseje.

7. Todos os órgãos representativos do Poder do Estado são eleitos e renováveis.

8. Todos os eleitos têm que prestar conta de sua atuação.

9. Todos os eleitos podem ser revogados em qualquer momento de seu mandato.

10. Os deputados e delegados não são profissionais, portanto não recebem salário.

11. Alta participação do povo nas eleições. Em todos os processos eleitorais que se celebraram desde o ano 1976, participaram mais de 95% dos eleitores. Nas últimas eleições para Deputados, em 1998, votaram 98,35% dos eleitores, sendo válidos 94,98% dos votos emitidos. Foram anulados 1,66% dos votos e, em branco, só 3,36%.

12. Os Deputados à Assembleia Nacional (Parlamento) elegem-se para um mandato de 5 anos.

13. A integração do Parlamento é representativa dos mais variados setores da sociedade cubana.

14. Elege-se um deputado por cada 20 000 habitantes, ou fração maior de 10 000. Todos os territórios municipais estão representados na Assembleia Nacional e o núcleo base do sistema, a circunscrição eleitoral, participa ativamente em sua composição. Cada município elegerá, no mínimo, dois deputados e a partir dessa cifra se elegerão, proporcionalmente, tantos deputados em função do número de habitantes. 50 % dos deputados têm que ser delegados das circunscrições eleitorais, os quais têm que viver no território da mesma.

15. A Assembleia Nacional elege, dentre seus Deputados, o Conselho de Estado e o Presidente do mesmo. O Presidente do Conselho de Estado é Chefe de Estado e Chefe de Governo. Isso quer dizer que o Chefe do Governo cubano tem que se submeter a dois processos eleitorais: primeiro, tem que ser eleito como Deputado pela população, pelo voto livre, direto e secreto e depois pelos Deputados, também pelo voto livre, direto e secreto.

16. Ao ser a Assembleia Nacional o Órgão Supremo do Poder do Estado e estando subordinada a ela as funções legislativas, executivas e judiciais, o Chefe de Estado e de Governo não pode dissolvê-la.

17. A iniciativa legislativa é patrimônio de múltiplos atores da sociedade, não só dos deputados, do Tribunal Supremo e da Promotoria, como também das organizações sindicais, estudantis, de mulheres, sociais e dos próprios cidadãos, requerendo-se, neste caso, que exercitem a iniciativa legislativa o mínimo de 10 000 cidadãos que tenham a condição de eleitores.

18. As leis se submetem ao voto majoritário dos Deputados. O específico do método cubano é que uma lei não se leva à discussão do Plenário até que se esgotem consultas reiteradas aos deputados, levando em conta as propostas que fizeram, devendo ficar claramente demonstrado que existe o consentimento majoritário para sua discussão e aprovação. A aplicação deste conceito adquire relevância maior quando se trata da participação da população, conjuntamente com os deputados, na análise e discussão de assuntos estratégicos. Nessas ocasiões, o Parlamento se desloca aos centros trabalhistas, estudantis e camponeses, fazendo-se realidade a democracia direta e participativa.

O expresso, até aqui, põe em evidência a essência da democracia cubana, do sistema que instituiu, referendado e apoiado pela imensa maioria dos cubanos.

No entanto, não pretendemos ter atingido um nível de desenvolvimento democrático perfeito. A principal qualidade do sistema político cubano é sua capacidade para o constante aperfeiçoamento em função das necessidades propostas para a realização de uma participação plena, verdadeira e sistemática do povo na direção e no controle da sociedade, essência de toda democracia.

Fonte: Ministério das Relações Exteriores da República de Cuba

domingo, 19 de setembro de 2010

Eleições 2010



"PCC movimentou R$ 6 mi por mês com candidato que apoia Serra e Alckimin
FRI, 17 de SEPTEMBER de 2010 14:47
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Entre outros crimes de Ney Santos, candidato a deputado federal pelo PSC,partido aliado de apoio ao candidato a governador de São Paulo, Geraldo Alckimin (PSDB) e José Serra a presidência, o é investigado por suspeita de usar postos de combustível para lavar dinheiro da facção criminosa de São Paulo, o PCC. No estado de São Paulo, o partido do bandido, PSC, apóia --está coligado com o PSDB--e os tucanos, Geraldo Alckmin governador e José Serra candidato á presidência.

A análise inicial dos documentos apreendidos na quarta-feira pela Polícia Civil de SP numa operação contra o candidato a deputado federal pelo PSC (Partido Social Cristão) Ney Santos aponta que ele movimenta R$ 6 milhões por mês com sua rede de 15 postos de combustível.Dinheiro esse que estava sendo usando na campanha eleitoral do Nei...

Se, houver vontade política de algum candidato de São Paulo, pode-se investigar também, os R$ 4 milhões que sumiram do caixa-2 da campanha de José Serra. Há boatos por ai, de que esse dinheiro teria vindo de Ney Santos --leia-se PCC--.Lembrando que o engenheiro Paulo Vieira de Souza, que, segundo contam fugiu com o dinheiro,trabalhava no Rodoanel, ex-diretor do Dersa, foi preso em flagrante sob a acusação de receptar um bracelete de ouro furtado de uma loja no Shopping Iguatemi.

Ex-detento que ficou preso entre 2003 e 2005 por roubo, Claudinei Alves dos Santos, 30, o Ney Santos, é acusado pela polícia de usar seus postos, uma ONG e uma factoring na lavagem de dinheiro e de ter elo com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Desde quando saiu da prisão, Santos juntou, segundo a polícia, patrimônio de mais de R$ 100 milhões.

O candidato teve todos os seus bens bloqueados por ordem da Justiça, inclusive uma Ferrari de R$ 1,4 milhão, por ser suspeito de usar "laranjas" no seu esquema.A Delegacia Seccional de Taboão da Serra (Grande SP) começou a investigar a denúncia de que Santos cadastrou 100 mil eleitores que passaram por seus postos nos últimos seis meses para trocar combustível por votos.

A polícia acredita que Santos usa seus postos para vender combustível adulterado com a adição de água para "multiplicar" o produto.Outra suspeita é a de que Santos usa suas empresas para fornecer atestados falsos de emprego a presos que estão no regime semiaberto e precisam estabelecer vínculo empregatício para deixar a prisão de dia e voltar à noite.

Em 15 de agosto deste ano, PMs apreenderam na zona sul de SP um Palio Weekend com 40 tijolos de maconha (34 kg) que, segundo investiga a polícia, iam ser distribuídos em um evento de Santos.

O pedreiro José Maria Moreira Gomes, 26, foi preso com a droga e disse à polícia que a maconha era, sim, para ser dado em um evento da campanha de Santos.O advogado Francisco Assis Henrique Neto Rocha, defensor de Santos, disse que "as acusações da polícia contra seu cliente são atos desesperados por nada ter sido achado contra ele e também porque Santos será eleito".

O policial civil Luis Fernando Ferreira de Souza, que atua na zona sul de São Paulo, foi identificado como um dos homens que fazem a escolta pessoal de Santos.Até a operação contra Santos, na quarta, o policial Souza, que está em férias desde agosto, distribuía santinhos com sua foto e a do candidato, a quem declara apoio. Souza não foi localizado.

Um dos políticos que fazem "dobrada" com Santos é o deputado estadual e Said Mourad, também do PSC e membro da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de SP.

Fonte: http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com/

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Eleições 2010



A diarista Neusa, de 47 anos, eleitora de Dilma (Foto: Evelson de Freitas/AE)
Neusa da Silva Chaves, 47 anos, nasceu em Aracatu, na Bahia. Ela e outros dez irmãos foram criadas na roça – o sustento da família sempre veio da terra. Era tanto trabalho que não havia tempo para estudo. “Pra bem dizer a verdade, só fiz o primeiro ano”. Em 1989, com dois filhos pequenos e grávida de mais um, decidiu arriscar a sorte em São Paulo. No dia 3 de outubro, Neusa vai votar em Dilma Rousseff (PT) à Presidência.
Na família de Neusa todo mundo trabalha. Como diarista, lava, passa e cozinha em seis ou sete casas por semana. Seus filhos formam escadinha: Renata, 20 anos; Reinaldo, 19 e Rodrigues, . “Estão todos trabalhando em escritório. Mas, se Deus quiser (Neusa é religiosa e devota de Nossa Senhora), começam faculdade ano que vem.” Renata quer se formar em enfermagem; Reinaldo em Administração e Rodrigues quer ser engenheiro. “Eles até me ajudam quando tenho que ler alguma coisa que ainda não consigo.” O sonho de Neusa é ver os filhos formados – e a sensação de que eles podem conseguir algo que ela sequer sonhou é a base da opção eleitoral. “Não podia imaginar que veria meus três filhos estudando e prestes a entrar em universidade. Acho que isso acontece porque o País melhorou com o Lula”.
Mas o candidato não é o Lula, dona Neusa. “Eu sei, mas eles estão juntos, não é?”. E o fato de Dilma ser mulher, influencia o voto? “Isso, não. Pra mim não tem importância se é homem ou se é mulher”. Embora não se beneficie de programas sociais do governo (como Bolsa Família), Neusa acha que eles são importantes e devem continuar. “Eu não uso, mas conheço gente que precisa deles.”
Neusa pouco sabe sobre denúncias de corrupção ou a violação do sigilo fiscal de tucanos, que supostamente envolveria nomes ligados ao PT. Aliás, Neusa não identifica Lula ou Dilma como sendo do PT, mas políticos em que ela confia. Expressões como “gente como a gente” e “cara boa” fazem parte do discurso dela.
Por que Neusa não vota no Serra? Ela diz que “não vai com a cara” e não tem nenhuma empatia com ele. “Não acredito naquilo que ele fala”. Neusa ainda diz que não gostou do tucano como prefeito nem como governador. “Eu não sou, nem minha família é, bem atendida em posto de saúde. Outra coisa, eu pego ônibus todo dia – e todo dia tenho que ficar em pé, não tem lugar e é apertado”.
ENTREVISTA
JT – A senhora acha que a Dilma tem experiência política? A candidata não depende muito do Lula?
Neusa- Ela é como a gente. Acho que ela pode aprender como ser uma boa presidente. Ela vai se virar bem sem o Lula.
E o passado dela? Ela participou da luta armada…
Ah, meu filho, isso não interessa muito, não. Além do mais, faz tanto tempo. E acho também que as pessoas mudam.
A história do Mensalão do PT não incomoda a senhora? E ela ter o apoio do Zé Dirceu, do Sarney, do Collor…
Acho que todos os políticos são a mesma coisa (ri). Quem fez coisa errada tem que pagar e pronto. Agora, vai dizer que só tem gente boa do lado do Serra?
E essa história da quebra de sigilo na Receita Federal?
Isso aí, não sei. Mas imposto é segredo? Achei que não era, que todo mundo sabia.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Informe Cultural

Marília de Lima:

URGENTE - 08 de setembro - Reunião para discutir e propor um plano de governo para a Cultura de São Paulo



A CCB (Cooperativa Cultural Brasileira) e a Febraccult (Federação Brasileira das Cooperativas de Cultura), exercendo o direito da participação democrática e, em defesa da cultura do Estado de São Paulo, farão, dia 08 setembro, uma reunião com o objetivo de discutir e também de propor medidas para a cultura do estado de São Paulo.

A Cooperativa Cultural Brasileira é uma organização apartidária e representa mais de 7 mil cooperados, a Federação Brasileira das Cooperativas de Cultura representa diversas cooperativas do setor, sendo assim enfatizam: a reunião não tem viés partidário ou ideológico; o objetivo é elaborar diretrizes e reivindicações sobre a cultura que possam ser aproveitadas e assumidas publicamente como compromisso por todos os candidatos ao governo.

Para participar encaminhe uma mensagem para: marilia@coopcultural.org.br. As vagas são limitadas.

Serviço:
Reunião para discutir e propor um plano de governo para a Cultura de São Paulo
DIA 08 DE SETEMBRO ÀS 19:30
LOCAL: Av. Auro Soares de Moura, 252 – 5 andar
Barra Funda – São Paulo – SP

ESPERO VOCÊS QUE SE INTERESSAM PELA ORGANIZAÇÃO, PROFISSIONALIZAÇÃO E FOMENTO DA NOSSA CULTURA.

terça-feira, 31 de agosto de 2010


Nestas eleições, os brasileiros devem eleger a dois senadores. São 2! E não um só.
Por isso, é importante esclarecer que as urnas eletrônicas trarão a seguinte sequência de votos.

- Deputado Estadual
- Deputado Federal
- Senador (primeira vaga)
- Senador (segunda vaga)
- Governador do Estado
- Presidente da República

Se você votar duas vezes no mesmo senador, o segundo voto será nulo. O primeiro será válido.
Os dois votos só serão válidos se forem dados a candidatos diferentes, não importando de que partido.

E serão eleitos os 2 candidatos mais votados para o Senado.

Por isso, atenção!
Explique este fato aos amigos. Muita gente não sabe disso.

A Justiça Eleitoral, que tanto gasta em propaganda sobre o voto consciente e a respeito da nossa obrigação eleitoral, devia mais é esclarecer os brasileiros a respeito da importância destes 2 votos para senador.

sábado, 21 de agosto de 2010

Acróstico

Magnólia, magnífica flor do Chico.
Autêntica representante da rajalegre
Ganhou esse apelido de quem o conhece
Não conheço, mas do que sei eu certifico.

Obrigado por sua amizade que enobrece
Lendo seus poemas de estrutura e verso rico
Impossível não amar o seu fazer estilístico
Acredito uma grande editora o reconhece

Felicidade amiga ofereço-te esses versículos
Intenção do amigo aqui de Várzea Alegre
Uma vez que quem escreve demonstra verve

Zarpei-me, aqui por nenhum minuto eu fico.
Ainda que você não goste, mas conserve.
Apenas as palavras de um poeta que se atreve!
Francisco gonçalves de Oliveira

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Acróstico


Magnólia Fiúza


Magnólia, magnífica mulher que é flor do Chico.
Autêntica representante da nossa rajalegre
Ganhou esse apelido do amigo que conhece
Não conheço, mas do que sei eu certifico.

Obrigado por sua amizade que enobrece
Lendo seus poemas com estrutura e verso rico
Impossível não amar o seu fazer estilístico
Acredito que uma grande editora o reconhece

Felicidade minha amiga ofereço-te esse dístico
Intenção pode ter o amigo aqui de Várzea Alegre
Uma vez que quem escreve demonstra sua verve

Zarpei-me, pois aqui por nenhum minuto eu fico.
Ainda que você não goste, mas conserve.
Apenas as palavras de um poeta que se atreve!

&&&&&&&&&&&&&&&&&&

Magnólia esse é um singelo acróstico do seu amigo virtual

Francisco Gonçalves de Oliveira.

sábado, 14 de agosto de 2010

Como Combater a Arrogância


Como Combater a Arrogância


Muitos leitores perguntaram ao longo deste mês qual era a minha agenda oculta. Meus textos são normalmente transparentes, sou pró-família, pró-futura geração, pró-eficiência, pró-solidariedade humana e responsabilidade social. Mas, como todo escritor, tenho também uma agenda mais ou menos oculta. Sempre que posso dou uma alfinetada nas pessoas e nos profissionais arrogantes e prepotentes. É a reclamação mais freqüente de quem já discutiu com esses tecnocratas. Uma vez no governo, parece que ninguém mais ouve. Eles confundem ser donos do poder com ser donos da verdade. Fora do governo, continuam não ouvindo e, quando escrevem em revistas e jornais, é sempre o mesmo artigo: "Juro que eu nunca errei". Toda nossa educação "superior" é voltada para falar coisas "certas". Você só entra na faculdade se tiver as respostas "certas". Você só passa de ano se estiver "certo".

Aqueles com mestrado e Ph.D. acham equivocadamente que foram ungidos pela certeza infalível. Nosso sistema de ensino valoriza mais a certeza do que a dúvida. Valoriza mais os arrogantes do que os cientificamente humildes. É fácil identificar essas pessoas, elas jamais colocam seus e-mails ou endereços nos artigos e livros que escrevem. Para quê, se vocês, leitores, nada têm a contribuir? Elas nunca leram Karl Popper a mostrar que não existem verdades absolutas, somente hipóteses ainda não refutadas por alguém. Pessoalmente, não leio artigos de quem omite seu endereço ou e-mail. É perda de tempo. Se elas não ouvem ninguém, por que eu deveria ouvi-las ou lê-las? Todos nós deveríamos solenemente ignorá-las, até elas se tornarem mais humildes e menos arrogantes. Como não divulgam seus e-mails, ninguém contesta a prepotência de certas coisas que escrevem, o que aumenta ainda mais a arrogância dessas pessoas.

O ensino inglês e o americano privilegiam o feedback, termo que ainda não criamos em nossa língua – a obrigação de reagir à arrogância e à prepotência dos outros. Alguém precisa traduzir bullshit, que é dito na lata, sempre que alguém fala uma grande asneira. Recentemente, cinco famosos economistas brasileiros escreveram artigos diferentes, repetindo uma insolente frase de Keynes, afirmando que todos os empresários são "imbuídos de espírito animal". Se esse insulto fosse usado para caracterizar mulheres, todos estariam hoje execrados ou banidos. "A proverbial arrogância de Larry Summers", escreveu na semana passada Claudio de Moura e Castro, "lhe custou a presidência de Harvard." Lá, os arrogantes são banidos, mas aqui ninguém nem sequer os contesta. Especialmente quando atacam o inimigo público número 1 deste país, o empreendedor e o pequeno empresário.

Minha mãe era inglesa, e dela aprendi a sempre dizer o que penso das pessoas com quem convivo, o que me causa enormes problemas sociais. Quantas vezes já fui repreendido por falar o que penso delas? "Não se faz isso no Brasil, você magoa as pessoas." Existe uma cordialidade brasileira que supõe que preferimos nunca ser corrigidos de nossa ignorância por amigos e parentes, e continuar ignorantes para sempre. Constantemente recebo e-mails elogiando minha "coragem", quando, para mim, dizer a verdade era uma obrigação de cidadania, um ato de amor, e não de discórdia.

O que me convenceu a mudar e até a mentir polidamente foi uma frase que espelha bem nossa cultura: "Você prefere ter sempre a razão ou prefere ter sempre amigos?". Nem passa pela nossa cabeça que é possível criar uma sociedade em que se possa ter ambos. Meu único consolo é que os arrogantes e prepotentes deste país, pelo jeito, não têm amigos. Amigos que tenham a coragem de dizer a verdade, em vez dos puxa-sacos e acólitos que os rodeiam. Para melhorar este país, precisamos de pessoas que usem sua privilegiada inteligência para ouvir aqueles que as cercam, e não para enunciar as teorias que aprenderam na Sorbonne, Harvard ou Yale. Se você conhece um arrogante e prepotente, volte a ser seu amigo. Diga simplesmente o que você pensa, sem medo da inevitável retaliação. Um dia ele vai lhe agradecer.


Stephen Kanitz é administrador (www.kanitz.com.br)

Revista Veja, Editora Abril, edição 2036, ano 40, nº 47, 28 de novembro de 2007, página 22

Como escrever um bom artigo.


Como escrever um bom artigo






Escrever um bom artigo é bem mais fácil do que
a maioria das pessoas pensa. No meu caso, português foi sempre a minha pior matéria. Meu professor de português, o velho Sales, deve estar se revirando na cova.

Ele que dizia que eu jamais seria lido por alguém. Portanto, se você sente que nunca poderá escrever, não desanime, eu sentia a mesma coisa na sua idade.

Escrever bem pode ser um dom para poetas e literatos, mas a maioria de nós está apta para escrever um simples artigo, um resumo, uma redação tosca das próprias idéias, sem mexer com literatura nem com grandes emoções humanas.

O segredo de um bom artigo não é talento, mas dedicação, persistência e manter-se ligado a algumas regras simples. Cada colunista tem os seus padrões. Eu vou detalhar alguns dos meus e espero que sejam úteis para você também.

1. Eu sempre escrevo tendo uma nítida imagem da pessoa para quem eu estou escrevendo. Na maioria dos meus artigos para a Veja, por exemplo, eu normalmente imagino alguém com 16 anos de idade ou um pai de família.

Alguns escritores e jornalistas escrevem pensando nos seus chefes, outros escrevem pensando num outro colunista que querem superar, alguns escrevem sem pensar em alguém especificamente.

A maioria escreve pensando em todo mundo, querendo explicar tudo a todos ao mesmo tempo, algo na minha opinião meio impossível. Ter uma imagem do leitor ajuda a lembrar que não dá para escrever para todos no mesmo artigo. Você vai ter que escolher o seu público alvo de cada vez, e escrever quantos artigos forem necessários para convencer todos os grupos.

O mundo está emburrecendo porque a TV em massa e os grandes jornais não conseguem mais explicar quase nada, justamente porque escrevem para todo mundo ao mesmo tempo. E aí, nenhum das centenas de grupos que compõem a sociedade brasileira entende direito o que está acontecendo no país, ou o que está sendo proposto pelo articulista. Os poucos que entendem não saem plenamente ou suficientemente convencidos para mudar alguma coisa.

2. Há muitos escritores que escrevem para afagar os seus próprios egos e mostrar para o público quão inteligentes são. Se você for jovem, você é presa fácil para este estilo, porque todo jovem quer se incluir na sociedade.

Mas não o faça pela erudição, que é sempre conhecimento de segunda mão. Escreva as suas experiências únicas, as suas pesquisas bem sucedidas, ou os erros que já cometeu.

Querer se mostrar é sempre uma tentação, nem eu consigo resistir de vez em quando de citar um Rousseau ou Karl Marx. Mas, tendo uma nítida imagem para quem você está escrevendo, ajuda a manter o bom senso e a humildade. Querer se exibir nem fica bem.

Resumindo, não caia nessa tentação, leitores odeiam ser chamados de burros. Leitores querem sair da leitura mais inteligentes do que antes, querem entender o que você quis dizer. Seu objetivo será deixar o seu leitor, no final da leitura, tão informado quanto você, pelo menos na questão apresentada.

Portanto, o objetivo de um artigo é convencer alguém de uma nova idéia, não convencer alguém da sua inteligência. Isto, o leitor irá decidir por si, dependendo de quão convincente você for.

3. Reescrevo cada artigo, em média, 40 vezes. Releio 40 vezes, seria a frase mais correta porque na maioria das vezes só mudo uma ou outra palavra, troco a ordem de um parágrafo ou elimino uma frase, processo que leva praticamente um mês.

Ninguém tem coragem de cortar tudo o que tem de ser cortado numa única passada. Parece tudo tão perfeito, tudo tão essencial. Por isto, os cortes são feitos aos poucos.

Depois tem a leitura para cuidar das vírgulas, do estilo, da concordância, das palavras repetidas e assim por diante. Para nós, pobres mortais, não dá para fazer tudo de uma vez só, como os literatos.

Melhor partir para a especialização, fazendo uma tarefa BEM FEITA por vez.

Pensando bem, meus artigos são mais esculpidos do que escritos. Quarenta vezes talvez seja desnecessário para quem for escrever numa revista menos abrangente. Vinte das minhas releituras são devido a Veja, com seu público heterogêneo onde não posso ofender ninguém.

Por exemplo, escrevi um artigo "Em terra de cego quem tem um olho é rei". É uma análise sociológica do Brasil e tive de me preocupar com quem poderia se sentir ofendido com cada frase.

O Presidente Lula, apesar do artigo não ter nada a ver com ele, poderia achar que é uma crítica pessoal? Ou um leitor achar que é uma indireta contra este governo? Devo então mudar o título ou quem lê o artigo inteiro percebe que o recado é totalmente outro?

Este é o tipo de problema que eu tenho, e espero que um dia você tenha também.

O meu primeiro rascunho é escrito quando tenho uma inspiração, que ocorre a qualquer momento lendo uma idéia num livro, uma frase boba no jornal ou uma declaração infeliz de um ministro. Às vezes, eu tenho um bom título e nada mais para começar. Inspiração significa que você tem um bom início, o meio e dois bons argumentos. O fechamento vem depois.

Uma vez escrito o rascunho, ele fica de molho por algum tempo, uma semana, até um mês. O artigo tem de ficar de molho por algum tempo. Isso é muito importante.

Escrever de véspera é escrever lixo na certa. Por isto, nossa imprensa vem piorando cada vez mais, e com a internet nem de véspera se escreve mais. Internet de conteúdo é uma ficção. A não ser que tenha sido escrito pelo próprio protagonista da notícia, não um intermediário.

A segunda leitura só vem uma semana ou um mês depois e é sempre uma surpresa. Tem frases que nem você mais entende, tem parágrafos ridículos, mas que pelo jeito foi você mesmo que escreveu. Tem frases ditas com ódio, que soam exageradas e infantis, coisa de adolescente frustrado com o mundo. A única solução é sair apagando.

O artigo vai melhorando aos poucos com cada releitura, com o acréscimo de novas idéias, ou melhores maneiras de descrever uma idéia já escrita.

Estas soluções e melhorias vão aparecendo no carro, no cinema ou na casa de um amigo. Por isto, os artigos andam comigo no meu Palm Top, para estarem sempre à disposição.

Normalmente, nas primeiras releituras tiro excessos de emoção. Para que taxar alguém de neoliberal, só para denegri-lo? Por que dar uma alfinetada extra? É abuso do seu poder, embora muitos colunistas fazem destas alfinetadas a sua razão de escrever.

Vão existir neoliberais moderados entre os seus leitores e por que torná-los inimigos à toa? Vá com calma com suas afirmações preconceituosas, seu espaço não é uma tribuna de difamação.

4. Isto leva à regra mais importante de todas: você normalmente quer convencer alguém que tem uma convicção contrária à sua. Se você quer mudar o mundo você terá que começar convencendo os conservadores a mudar.

Dezenas de jornalistas e colunistas desperdiçam as suas vidas e a de milhares de árvores, ao serem tão sectários e ideológicos que acabam sendo lidos somente pelos já convertidos. Não vão acabar nem mudando o bairro, somente semeando ódio e cizânia.

Quando detecto a ideologia de um jornalista eu deixo de ler a sua coluna de imediato. Afinal, quero alguém imparcial noticiando os fatos, não o militante de um partido. Se for para ler ideologia, prefiro ir direto na fonte, seja Karl Marx ou Milton Friedman. Pelo menos, eles sabiam o que estavam escrevendo.

É muito mais fácil escrever para a sua galera cativa, sabendo que você vai receber aplausos a cada "Fora Governo" e "Fora FMI". Mas resista à tentação, o mercado já está lotado deste tipo de escritor e jornalista. Economizaríamos milhares de árvores e tempo se graças a um artigo seu, o Governo ou o FMI mudassem de idéia.
5. Cada idéia tem de ser repetida duas ou mais vezes. Na primeira vez você explica de um jeito, na segunda você explica de outro. Muitas vezes, eu tento encaixar ainda uma terceira versão.

Nem todo mundo entende na primeira investida, a maioria fica confusa. A segunda explicação é uma nova tentativa e serve de reforço e validação para quem já entendeu da primeira vez.

Informação é redundância. Você tem que dar mais informação do que o estritamente necessário. Eu odeio aqueles mapas de sítio de amigo que se você errar uma indicação você estará perdido para sempre. Imagine uma instrução tipo: "se você passar o posto de gasolina, volte, porque você ultrapassou o nosso sítio".

Ou seja, repeti acima uma idéia mais ou menos quatro vezes, e mesmo assim muita gente ainda não vai saber o que quer dizer "redundância" e muitos nunca vão seguir este conselho.

Neste mesmo exemplo acima também misturei teoria e dois exemplos práticos. Teoria é que informação para ser transmitida precisa de alguma redundância, o posto de gasolina foi um exemplo.

Não sei porque tanto intelectual teórico não consegue dar a nós, pobres mortais, um único exemplo do que ele está expondo. Eu me recuso a ler intelectual que só fica na teoria, suspeito sempre que ele vive numa redoma de vidro.

6. Se você quer convencer alguém de alguma coisa, o melhor é deixá-lo chegar à conclusão sozinho, em vez de você impor a sua. Se ele chegar à mesma conclusão, você terá um aliado. Se você apresentar a sua conclusão, terá um desconfiado.

Então, o segredo é colocar os dados, formular a pergunta que o leitor deve responder, dar alguns argumentos importantes, e parar por aí. Se o leitor for esperto, ele fará o passo seguinte, chegará à terrível conclusão por si só, e se sentirá um gênio.

Se você fizer todo o trabalho sozinho, o gênio será você, mas você não mudará o mundo, e perderá os aliados que quer ter.

Num artigo sobre erros graves de um famoso Ministro, fiquei na dúvida se deveria sugerir que ele fosse preso e nos pagar pelo prejuízo de 20 bilhões que causou, uma acusação que poderia até gerar um processo na justiça por difamação.

Por isto, deixei a última frase de fora. Mostrei o artigo a um amigo economista antes de publicá-lo, e qual não foi a minha surpresa quando ele disse indignado: "um ministro desses deveria ser preso". A última frase nem foi necessária.

Portanto, não menospreze o seu leitor. Você não estará escrevendo para perfeitos idiotas e seus leitores vão achar seus artigos estimulantes. Vão achar que você os fez pensar.

7. O sétimo truque não é meu, aprendi num curso de redação. O professor exigia que escrevêssemos um texto de quatro páginas. Feita a tarefa, pedia que tudo fosse reescrito em duas páginas sem perder conteúdo.
Parecia impossível, mas normalmente conseguíamos. Têm frases mais curtas, têm formas mais econômicas, tem muita lingüiça para retirar.

Em dois meses aprendemos a ser mais concisos, diretos, e achar soluções mais curtas. Depois, éramos obrigados a reescrever tudo aquilo novamente em uma única página, agora sim perdendo parte do conteúdo.
Protesto geral, toda frase era preciosa, não dava para tirar absolutamente nada. Mas isto nos obrigava a determinar o que de fato era essencial ao argumento, e o que não era.

Graças a esse treino, a maioria das pessoas me acha extremamente inteligente, o que lamentavelmente não sou, fui um aluno médio a vida inteira. O que o pessoal se impressiona é com a quantidade de informação relevante que consigo colocar numa única página de artigo, e isto minha gente não é inteligência, é treino.

Portanto, mãos à obra. Boa sorte e mudem o mundo com suas pesquisas e observações fundamentadas, não com seus preconceitos.

Stephen Kanitz

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Odeio os indiferentes





11 de Fevereiro de 1917
Texto retirado do livro Convite à Leitura de Gramsci"
# Publicado por Paulo Kautscher em 22 julho 2010 às 13:23 em EDUCAÇÃO


Odeio os indiferentes. Como Friederich Hebbel acredito que "viver significa tomar partido". Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.

A indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador, é a matéria inerte em que se afogam freqüentemente os entusiasmos mais esplendorosos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e às vezes, os leva a desistir de gesta heróica.

A indiferença atua poderosamente na história. Atua passivamente, mas atua. É a fatalidade; e aquilo com que não se pode contar; é aquilo que confunde os programas, que destrói os planos mesmo os mais bem construídos; é a matéria bruta que se revolta contra a inteligência e a sufoca. O que acontece, o mal que se abate sobre todos, o possível bem que um ato heróico (de valor universal) pode gerar, não se fica a dever tanto à iniciativa dos poucos que atuam quanto à indiferença, ao absentismo dos outros que são muitos. O que acontece, não acontece tanto porque alguns querem que aconteça quanto porque a massa dos homens abdica da sua vontade, deixa fazer, deixa enrolar os nós que, depois, só a espada pode desfazer, deixa promulgar leis que depois só a revolta fará anular, deixa subir ao poder homens que, depois, só uma sublevação poderá derrubar.

A fatalidade, que parece dominar a história, não é mais do que a aparência ilusória desta indiferença, deste absentismo. Há fatos que amadurecem na sombra, porque poucas mãos, sem qualquer controle a vigiá-las, tecem a teia da vida coletiva, e a massa não sabe, porque não se preocupa com isso. Os destinos de uma época são manipulados de acordo com visões limitadas e com fins imediatos, de acordo com ambições e paixões pessoais de pequenos grupos ativos, e a massa dos homens não se preocupa com isso.

Mas os fatos que amadureceram vêm à superfície; o tecido feito na sombra chega ao seu fim, e então parece ser a fatalidade a arrastar tudo e todos, parece que a história não é mais do que um gigantesco fenômeno natural, uma erupção, um terremoto, de que são todos vítimas, o que quis e o que não quis, quem sabia e quem não sabia, quem se mostrou ativo e quem foi indiferente. Estes então zangam-se, queriam eximir-se às conseqüências, quereriam que se visse que não deram o seu aval, que não são responsáveis.

Alguns choramingam piedosamente, outros blasfemam obscenamente, mas nenhum ou poucos põem esta questão: se eu tivesse também cumprido o meu dever, se tivesse procurado fazer valer a minha vontade, o meu parecer, teria sucedido o que sucedeu? Mas nenhum ou poucos atribuem à sua indiferença, ao seu cepticismo, ao fato de não ter dado o seu braço e a sua atividade àqueles grupos de cidadãos que, precisamente para evitarem esse mal combatiam (com o propósito) de procurar o tal bem (que) pretendiam.

A maior parte deles, porém, perante fatos consumados prefere falar de insucessos ideais, de programas definitivamente desmoronados e de outras brincadeiras semelhantes. Recomeçam assim a falta de qualquer responsabilidade. E não por não verem claramente as coisas, e, por vezes, não serem capazes de perspectivar excelentes soluções para os problemas mais urgentes, ou para aqueles que, embora requerendo uma ampla preparação e tempo, são todavia igualmente urgentes. Mas essas soluções são belissimamente infecundas; mas esse contributo para a vida coletiva não é animado por qualquer luz moral; é produto da curiosidade intelectual, não do pungente sentido de uma responsabilidade histórica que quer que todos sejam ativos na vida, que não admite agnosticismos e indiferenças de nenhum gênero.

Odeio os indiferentes também, porque me provocam tédio as suas lamúrias de eternos inocentes. Peço contas a todos eles pela maneira como cumpriram a tarefa que a vida lhes impôs e impõe quotidianamente, do que fizeram e sobretudo do que não fizeram. E sinto que posso ser inexorável, que não devo desperdiçar a minha compaixão, que não posso repartir com eles as minhas lágrimas. Sou militante, estou vivo, sinto nas consciências viris dos que estão comigo pulsar a atividade da cidade futura que estamos a construir. Nessa cidade, a cadeia social não pesará sobre um número reduzido, qualquer coisa que aconteça nela não será devido ao acaso, à fatalidade, mas sim à inteligência dos cidadãos. Ninguém estará à janela a olhar enquanto um pequeno grupo se sacrifica, se imola no sacrifício. E não haverá quem esteja à janela emboscado, e que pretenda usufruir do pouco bem que a atividade de um pequeno grupo tenta realizar e afogue a sua desilusão vituperando o sacrificado, porque não conseguiu o seu intento.

Vivo, sou militante. Por isso odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes.


Primeira Edição: La Città Futura, 11-2-1917

Origem da presente Transcrição: Texto retirado do livro Convite à Leitura de Gramsci"

Tradução: Pedro Celso Uchôa Cavalcanti.

Transcrição de: Alexandre Linares para o Marxists Internet Archive

HTML de: Fernando A. S. Araújo


Direitos de Reprodução: Marxists Internet Archive (marxists.org), 2005. A cópia ou distribuição deste documento é livre e indefinidamente garantida nos termos da GNU Free Documentation License

terça-feira, 27 de julho de 2010

Omissão da imprensa.

MS: imprensa não noticia agressão a eleitor
Publicado em 26-Jul-2010
Mídia sulmatogrossense ignora agressão de governador...

Apesar de haver jornais na Capital e nas grandes cidades do interior, no Mato Grosso do Sul, a imprensa colocou uma pedra em cima e não publica nada sobre o incidente em que o governador do Estado, André Puccinelli (PMDB) deu um tapa no rosto de um eleitor no final de semana.

Pior é que não noticiam nem mesmo para denunciar a absurda inversão de papéis: a vítima do tapa, Rodrigo de Campo Roque ficou registrada no Boletim de Ocorrência (BO) feito pela polícia de Puccinelli como agressora. No fim de semana fui informado que essa, inclusive, não foi a primeira agressão protagonizada por Puccinelli.

Numa das vezes em que foi candidato a prefeito de Campo Grande (ele foi prefeito da capital de 1997 a 2004) no dia da eleição e, como agora, insatisfeito com o comentário de um eleitor na fila de votação ele também lhe deu um tapa no rosto.

Estupro

Puccinelli já esteve envolvido em outras polêmicas, uma delas no final do ano passado, quando chamou o então ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc de "fumador de maconha" e que se Minc participasse da Meia Maratona Internacional do Pantanal no dia 11 de outubro pp. ele o "alcançaria e o estupraria em praça pública".

Esses episódios, salvo um ou outro online, são solenemente ignorados pela mídia sulmatogrossense que também promove um verdadeiro boicote de silêncio contra o nosso candidato a governador, José Orcírio de Miranda, o Zeca do PT, duas vezes governador antes.

Enquanto concede todo o espaço de suas páginas de política a Puccinelli, noticiando como se ele estivesse fazendo uma campanha eleitoral normal e não pontilhada de incidentes, não registra nada da campanha do Zeca do PT.

domingo, 11 de julho de 2010

Caroline Celico da palestra sobre religião no Morumbi.

Caroline Celico, esposa de Kaká, dá palestra sobre religião no Morumbi
Vamos todos fazer um exercício simples.
Paremos tudo que estamos fazendo. Desliguemos a música no fone de ouvido, a planilha do Excel, o browser de internet. Fechemos as portas e janelas de nosso quarto, coloquemos nosso celular em standby. Fiquemos em silêncio completos.
Agora pensem na grande cidade de São Paulo. Pensem no Ibirapuera e saudáveis pessoas fazendo um jogging na beira do lago. Pensem na Avenida Paulista e seus executivos de terno e gravata, apressados com o dia. Pensem no Morumbi, com suas coberturas e andares exclusivos. Pense nas madames com o cabelo produzido carregando bolsas de peles de animais em extinção. Pense, agora, no relógio que essas madames carregam no braço, que foi produzido a muitos kilômetros daqui, em um país distante, onde as pessoas trabalham cargas diárias de 12 horas em uma linha de produção para receber um salário de cerca de R$300,00 mensais. Uma dessas pessoas freqüenta uma igreja subterrânea, em um país onde além do cristianismo ser perseguido, existe poucos exemplares da bíblia, e poucos missionários dispostos a arriscar o pescoço para compartilhar do evangelho que dinheiro e relógio nenhum é capaz de comprar.
Pensem, voltando para São Paulo, que atrás desses lindos apartamentos de cobertura, moram sonhos.
Um garoto, criativo, sabe como empunhar um lápis de cor como ninguém. Diante do papel, consegue fazer desenhos lindos, e seria ele diz um grande ilustrador, se a vida lhe desse chance.
Mas não dá, porque sua família é pobre. Ele não tem conta no banco, de forma que não consegue parcelar no crédito sequer um computador das Casas Bahia, muito menos fazer uma faculdade – que para um ilustrador, é necessário desembolsar cerca de 900 reais por mês. Ele ganha, se tanto, 800 trabalhando como moto boy em uma pizzaria da região, e é obrigado a repor o dinheiro no caso da entrega demorar mais de 30 minutos. E se isso acontecer, pode ter certeza que os ricos residentes repararão na falha.
Tudo que esse garoto precisava era cerca de 1000 reais de investimento mensais, e ele se tornaria um profissional de sucesso. Não rouba, nem estupra, nem mata. Nem precisa pedir dinheiro, porque atenta para sua dignidade. Mas se continuar sem intervenção externa, nunca sairá de seu círculo vicioso de miséria.
Voltemos ao apartamento.
Caroline Celico prova, sorrindo um patê de Foie Gras, e diz: “mulheres lindas, vocês foram privilegiadas por Deus! Portanto, cheguem mais perto de Jesus, porque Ele as ama”. Um anel de brilhantes ofusca a visão de quem observa a serva do Senhor, ao refletir a luz que entra pela janela de aproximadamente 3 metros de altura, aberta em contraste com o céu cinzento da cidade. As outras mulheres invejam, porque seus anéis de pedras preciosas não são tão caros e/ou bonitos quanto aquele. Quando Caroline se abaixa para pegar mais um petisco, um burburinho rápido entre duas mulheres comentam sobre isso, e como fazer para reparar a falta. Afinal, dizem, só se alcança status e admiração se nos igualarmos ou superarmos aqueles que nos cercam em posses. É assim que sobrevivemos e provamos nosso valor.
Não é à toa que Bispa Sônia desfila em carros maravilhosos e possui uma mansão em Boca Raton, um dos locais mais caros por metro quadrado no mundo.
Queremos evangelizar os ricos! Paulo não havia dito que precisamos nos tornar iguais para falar a mesma língua?
Não interessa se com um relógio se mataria a fome de milhares de crianças no nordeste. Não interessa se uma família pobre perdeu tudo na enchente, e que com duas ou três peças do meu vestiário eu poderia tirá-las da marginalidade.
Tudo o que importa é que eu me sinta bem e tranqüila. Aliás, não quero sentir culpa.
Nenhuma por comer lasanha enquanto outros comem lixo. Eu não tenho nada a ver com a vida deles, e é assim que vivemos: cada um por si!
Essa é uma selva de pedra, meu irmão! Quem passa a perna, quem sempre vê uma forma de levar vantagem, quem já nasceu em berço de ouro merece muito mais viver em abastança; só não é rico quem não quer! Pode reparar que todos pobres são vagabundos! Foi Jesus mesmo que disse isso, naquele trecho…
Peraí, qual trecho mesmo?
Ah, no trecho que ele aceita se vestir com um manto feito de tecidos caríssimos para Ele. Aposto como vale muito mais que milhares de reais, porque além de eu ser expert em intercâmbio de moedas antigas para modernas, sei que Ele, como Deus, poderia se dar a esse luxo e também quer que eu o faça (sede santos como eu sou santo)!
Dane-se o reino de justiça, de bondade, de humildade e de auto-sacrifício! O que importa mesmo é minha lasanha, minha blusa de seda, meu patinete, meu relógio de 3 mil reais, meu discurso armado, minha ganância em ter cada vez mais, meu apartamento no Morumbi, meu patê de Foie Gras, meu pastoreado numa igreja sanguessuga e o direito de estar sempre certo!
E se você achar o contrário, você está me julgando, e tenho certeza que o Deus de justiça vai te punir severamente!
Principalmente você, Pava, seu herege.
Sem a paz de Cristo,
Thiago.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Todas as copas

Todas as copas

Que mais participaram:
Brasil
18
Participou em todas as edições da Copa.
Alemanha
16
Não participou em 1930 e 1958.
Itália
16
Não participou em 1930 e 1958.
Argentina
14
Não participou em 1938, 1950, 1954 e 1970.
México
13
Não participou em 1934, 1938, 1974 , 1982 e 1990.


Conquistaram mais títulos:

Brasil
5
58- 62- 70- 94- 02
Itália
4
34- 38- 82 - 06
Alemanha
3
54- 74- 90
Argentina
2
78- 86
Uruguai
2
30- 50

Disputaram mais partidas:

Brasil
92

Alemanha
92

Itália
77

Argentina
65

Inglaterra
55

Mais participaram de semifinais:

Alemanha
11

Brasil
10

Itália
8

França
5

Argentina, Uruguai e Suécia
2


Que mais venceram:

Brasil
64

Alemanha
55

Itália
44

Argentina
33

França - Inglaterra
25

Que mais marcaram gols:

Brasil
201
Alemanha
190
Itália
122
Argentina
113
França - Inglaterra
95

Maiores artilheiros:

Ronaldo (BRASIL)
15 gols
Gerd Muller (ALEMANHA)
14 gols
Just Fontaine (FRANÇA)
13 gols
Pelé (BRASIL)
12 gols
Helmut Rahn (ALEMANHA)
12 gols

Ficaram mais tempo em campo:

Paolo Maldini (ITA)2.220minutos.
Lothar Matthaus (ALE)2.052minutos.
Diego Maradona (ARG)1.938minutos.
Uwe Seeler (ALE)1.980minutos.
Wladislaw Zmuda (POL)1.808minutos.

Maiores artilheiros em uma única edição da Copa:

Just Fontaine (FRANÇA)
13 gols (1958)
Sandor Kocsis (HUNGRIA)
11 gols (1954)
Gerd Mueller (ALEMANHA)
10 gols (1970)
Ademir (BRASIL)
9 gols (1950)
Eusébio (PORTUGAL)
9 gols (1966)

Goleiros que ficaram mais partidas sem sofrer gols:

Peter Shilton (INGLATERRA)
10 (1982-1990)
Fabian Barthez (FRANÇA)
10 (1998-2006)
Emerson Leão (BRASIL)
8 (1974-1978)
Sepp Maier (ALE)
8(1974-1978)
Claudio Taffarel (BRASIL)
8 (1990-1998)

Jogadores que mais participaram:
Lothar Matthaus (ALEMANHA)
25 jogos em 5 Copas
Paolo Maldini (ITALIA)
23 jogos em 4 Copas
Maradona (ARGENTINA)
21 jogos em 4 Copas
Uwe Seeler (ALEMANHA)
21 jogos em 4 Copas
Zmuda (POLONIA)
21 jogos em 4 Copas

As expulsões mais rápidas:

José Batista (URUGUAI)
1 minuto contra a Escócia (1986)
Marco Etcheverry (BOLIVIA)
3 minutos contra a Alemanha (1994)
Íon Vladoiu (ROMENIA)
3 minutos contra a Suíça (1994)
Morten Wieghorst (DINAMARCA)
3 minutos contra África do Sul (1998)
Lauren (CAMarões)
6 minutos contra Chile (1998)

Jogador mais velho:

Roger Milla da seleção de Camarões tinha 42 anos e 39 dias quando jogou contra a Rússia na Copa de 1994.


Jogador mais jovem:

Norman Whiteside da Irlanda do Norte tinha 17 anos e 42 dias quando entrou em campo na Copa de 1982.

Técnico mais jovem:

Juan Jose Tramutola tinha 27 anos e 267 dias quando estreou na Copa de 1930.

Técnico mais velho

O italiano Cesare Maldini comandou a equipe do Paraguai na Copa de 2002 quando tinha 70 anos e 131 dias.
Otto Pfister, da Alemanha (68 anos e 211 dias), e Luis Aragones, da Espanha (67 anos e 334 dias)
estiveram na Copa de 2006.

Marcas Históricas:

O primeiro gol da Copa foi marcado por Lucien Laurent, da França, no dia 13/07/1930, durante a vitória por 4 a 1 contra o México

O centésimo gol foi convertido por Edmund Conen, da Alemanha, na vitória por 5 a 2 contra a Bélgica, em 1934.

O milésimo gol das Copas foi feito por Rob Rensenbrink, da Holanda, na derrota por 3 a 2 para a Escócia na Copa de 1978.

O gol número dois mil foi marcado por Marcus Allback, da Suécia, no empate por 2 a 2 com a Inglaterra, em 2006.

Maiores goleadas de todas as copas:

Hungria
(1982)10 x 1
El Salvador
Hungria
(1954)9 x 0
Coreia do Sul
Iugoslávia
(1974)9 x 0
Zaire
Suécia
(1938)8 x 0
Cuba
Uruguai
(1950)8 x 0
Bolívia
Alemanha
(2002)8 x 0
Arábia Saudita

Gols mais rápidos:

Hakan Sukur (TURQUIA) 11 segundos Contra a Coreia do Sul (2002).
Vaclav Masek (TCH) 15 segundos Contra o México (1962).
Ernst Lehner (ALE) 25 segundos Contra a Áustria (1934).
Bryan Robson (ING) 28 segundos Contra a França (1982).
Bernard Lacombe (FRA) 31 segundos Contra a Itália (1978).
Émile Veinante (FRA) 35 segundos Contra a Bélgica (1938).
Fonte: http://blogdosanharol.blogspot.com/

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Amar verbo intransitivo

Amar: Verbo Intransitivo
Mario de Andrade


Quando encontrar alguém
e esse alguém
fizer seu coração parar de funcionar
por alguns segundos,

Preste atenção:
Pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e neste momento,
Houver o mesmo brilho intenso entre eles,

Fique alerta:
Pode ser a pessoa que você está esperando
desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso,
Se o beijo for apaixonante,
E os olhos se encherem d'água neste momento,

Perceba:
Existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia
for essa pessoa,
Se a vontade de ficar juntos
chegar a apertar o coração,

Agradeça:
Deus te mandou um presente divino O AMOR.
Se um dia tiverem que pedir perdão um ao outro
Por algum motivo e em troca receber um abraço,
Um sorriso, um afago nos cabelos,
E os gestos valerem mais que mil palavras,

Entregue-se:
vocês foram feitos um pro outro...
Se por algum motivo você estiver triste,

Se a vida te deu uma rasteira
E a outra pessoa sofrer o seu sofrimento,
Chorar as suas lágrimas e enxugálas com ternura,

Que coisa maravilhosa:
Você poderá contar com ela
em qualquer momento de sua vida...

Se você não consegue dirigir com as duas mãos,
Porque não pode deixar de tocar a outra pessoa
Nem por um instante...
Que incrível!!

Vocês estão correndo perigo
e nem se dão conta disso...
Simplesmente não conseguem se desgrudar.

Se você conseguir, em pensamento,
Sentir o cheiro da pessoa
como se ela estivesse ali do seu lado...

Se você conseguir adivinhar
o que ela comeu no jantar,
Mesmo sabendo que ela tem dez pratos preferidos...

Se você conseguir saber
o que está incomodando a pessoa,
Mesmo que aparentemente esteja tudo bem...

Se você souber exatamente o momento do filme
em que ela vai estar chorando,
mesmo sem olhar pra ela...

Se você achar a pessoa maravilhosamente linda,
Mesmo ela estando de pijamas velhos,
Chinelos de dedo e cabelos emaranhados...

Se você não consegue andar pelas ruas,
Sem deixar de segurar a mão da outra,
Mesmo que um poste atravesse os dois ao meio...

Se você consegue ficar somente 15 minutos aborrecido depois de uma briga
e terminar tudo somente por meia hora...

Se você não consegue trabalhar direito o dia todo,
ansioso pelo encontro
que está marcado para a noite...

Se você não consegue imaginar,
De maneira nenhuma,
um futuro sem a pessoa ao seu lado...
Se você tiver a certeza que vai ver a outra envelhecendo e,
mesmo assim tiver a convicção
que vai continuar sendo louco por ela...

Se você preferir morrer,
antes de ver a outra partindo...
É o amor que chegou na sua vida.
É uma dádiva.

Muitas pessoas apaixonam-se
muitas vezes na vida,
Mas poucas amam
ou encontram um amor verdadeiro.
Ou às vezes encontram e,
por não prestarem atenção nesses sinais
Deixam o amor passar,
sem deixálo acontecer verdadeiramente.
É o livrearbítrio.

Por isso, preste atenção nos sinais...

Não deixe que as loucuras do dia a-dia
O deixem cego para a melhor coisa da vida:

O AMOR!

domingo, 27 de junho de 2010

Dilma Roussef





Dilma Rousseff

Candidata á presidência



O Roda Viva encerra nesta segunda-feira, dia 28, uma série de programas para discutir as ideias apresentadas nessa disputa eleitoral.

A entrevistada será a candidata Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores. Ela nasceu dia 14 de dezembro de 1947, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Do pai búlgaro, naturalizado brasileiro, Dilma herdou o sobrenome Rousseff. Ela estudou em colégio de freiras e após o golpe militar de 64 começou militância em organizações de esquerda que combatiam a ditadura.
Dilma Rousseff foi presa em São Paulo, em 1970, ficou quase 3 anos detida e foi vítima de tortura. Libertada, seguiu para o Rio Grande Sul em 1973, onde retomou os estudos na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal.

Após a Lei da Anistia, em 79, Dilam Rousseff filiou-se ao Partido Democrático Brasileiro, o PDT de Leonel Brizola, e começou vida profissional na Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul.

Em 93, ela assumiu a Secretaria gaúcha de Minas, Energia e Comunicações, no governo Alceu Colares, cargo que voltou a ocupar, depois, no governo Olívio Dutra.

Filiada ao PT desde 2001, Dilma Rousseff integrou o grupo de transição do eleito presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, na seqüência, assumiu o Ministério das Minas e Energia, onde ficou até 2005, quando foi para Ministério da Casa Civil da Presidência da República.


Participam como convidados entrevistadores:
Merval Pereira, membro do conselho editorial das organizações Globo, colunista do jornal O Globo e comentarista da rádio CBN e do canal Globo News; Luiz Fernando Rila, editor-executivo e coordenador da cobertura eleitoral do Grupo Estado; Sérgio Dávila, editor-executivo do jornal Folha de S. Paulo e Vera Brandimarte, diretora de redação do jornal Valor Econômico.

Colaborador:
Letícia Lovo, fotógrafa (http://www.flickr.com/photos/leticialovo).



Apresentação: Heródoto Barbeiro

O programa será gravado na própria segunda-feira, às 18H00, com transmissão ao vivo pela Internet.



O Roda Viva é apresentado às segundas a partir das 22h00.
Você pode assistir on-line acessando o site no horário do programa.
http://www2.tvcultura.com.br/rodaviva

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Eleições 2010


Dilma passa a liderar corrida presidencial, mostra CNI/Ibope


REUTERS

BRASÍLIA (Reuters) - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), passou à frente de seu adversário José Serra (PSDB) em pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira.

No quadro que mostra apenas os três principais candidatos na corrida presidencial, Dilma tem 40 por cento de intenção de votos e José Serra recebeu 35 por cento na sondagem realizada entre os dias 19 e 21 deste mês, enquanto Marina Silva (PV) ficou com 9 por cento.

A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Já quando a pesquisa inclui todos os 12 prováveis candidatos a presidente, a petista aparece com 38,2 por cento, seguida pelo tucano com 32,3 por cento e a ex-ministra do Meio Ambiente com 7,0 por cento. O quarto colocado aparece com apenas 0,9 por cento.

Quando perguntados sobre a probabilidade de votar nos candidatos, 35 por cento disseram que votariam em Dilma com certeza, contra 29 por cento em março, a sondagem anterior do Ibope feita para a Confederação Nacional da Indústria. Por outro lado, aqueles que não votariam de modo algum nela somaram 23 por cento, ante 27 por cento há três meses.

No caso de Serra, o voto certo passou para 28 por cento, em comparação a 27 por cento em março, enquanto agora 30 por cento não votariam nele de jeito nenhum, ante 25 por cento.

Na pesquisa Ibope divulgada em 5 de junho, Serra e Dilma apareciam com 37 por cento e Marina, com 9 por cento.

O Ibope entrevistou na nova pesquisa 2.002 pessoas em 140 municípios.

(Reportagem de Fernando Exman)

sábado, 19 de junho de 2010

Morre José Saramago


Mensagem encaminhada
Everton Souza de Araujo


Sexta 18 de Junho de 2010

A morte de José Saramago constitui uma perda irreparável para Portugal, para o povo português, para a cultura portuguesa.

A dimensão intelectual, artística, humana, cívica, de José Saramago fazem dele uma figura maior da nossa História.

A sua vasta, notável e singular obra literária – reconhecida com a atribuição, em 1998, do Prémio Nobel da Literatura - ficará como marca impressiva na História da Literatura Portuguesa, da qual ele é um dos nomes mais relevantes.

Construtor de Abril, enquanto interveniente activo na resistência ao fascismo, ele deu continuidade a essa intervenção no período posterior ao Dia da Liberdade como protagonista do processo revolucionário que viria a transformar profunda e positivamente o nosso País com a construção de uma democracia que tinha como referência primeira a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do País.

José Saramago era militante do Partido Comunista Português desde 1969 e a sua morte constitui uma perda para todo o colectivo partidário comunista - para o Partido que ele quis que fosse o seu até ao fim da sua vida.

O Secretariado do Comité Central do PCP manifesta o seu profundo pesar, a sua enorme mágoa pela morte do camarada José Saramago – e expressa as suas sentidas condolências à sua companheira, Pilar del Rio, e restante família.

sábado, 5 de junho de 2010

Carta ao governo Israelense

Senhores que me envergonham:

Judeu identificado com as melhores tradições humanistas de nossa cultura, sinto-me profundamente envergonhado com o que sucessivos governos israelenses vêm fazendo com a paz no Oriente Médio.

As iniciativas contra a paz tomadas pelo governo de Israel vem tornando cotidianamente a sobrevivência em Israel e na Palestina cada vez mais insuportável.

Já faz tempo que sinto vergonha das ocupações indecentes praticadas por colonos judeus em território palestino. Que dizer agora do bombardeio do navio com bandeira Turca que leva alimentos para nossos irmãos palestinos? Vergonha, três vezes vergonha!

Proponho que Simon Peres devolva seu prêmio Nobel da Paz e peça desculpas por tê-lo aceito mesmo depois de ter armado a África do Sul do Apartheid.

Considero o atual governo, todos seus membros, sem exceção, merecedores por consenso universal do Prêmio Jim Jones por estarem conduzindo todo um pais para o suicídio coletivo.

A continuar com a política genocida do atual governo nem os bons sobreviverão e Israel perecerá baixo o desprezo de todo o mundo..

O Sr., Lieberman, que trouxe da sua Moldávia natal vasta experiência com pogroms, está firmemente empenhado em aplicá-la contra nossos irmãos palestinos. Este merece só para ele um tribunal de Nuremberg.

Digo tudo isso porque um judeu humanista não pode assistir calado e indiferente o que está acontecendo no Oriente Médio. Precisamos de força e coragem para, unidos aos bons, lutar pela convivência fraterna entre dois povos irmãos.

Abaixo o fascismo!

Paz Já!

Silvio Tendler

Cineasta

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Receitas e despesas

Por InfoMoney, InfoMoney, Atulizado: 28/5/2010 17:49
Estados e municípios são obrigados a divulgar suas receitas e despesas pela Web

SÃO PAULO – Começa a vigorar nesta sexta-feira (28) a Lei Complementar n° 131/09, que determina que estados e municípios com mais de 100 mil habitantes sejam obrigados a divulgar pela internet suas receitas e despesas.

De acordo com informações da Agência Senado, os dados deverão ser transmitidos sem a necessidade de proteção por senha, o que acontece no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal, o Siafi, que exige um código de acesso.

Conforme estipulado pelo projeto, nas informações publicadas, deverão constar os números dos processos e das pessoas físicas e jurídicas beneficiadas com pagamentos dos governos estaduais e municipais.

Normas

Os estados e municípios entre 50 mil e 100 mil habitantes terão até maio de 2011 para realizarem a adoção do sistema. As regiões

com menos de 50 mil habitantes poderão se adaptar até maio de 2013.

Segundo o projeto, do então senador João Capiberibe (PSB-AP), após o prazo determinado, as prefeituras que não cumprirem a lei deixarão de receber transferências da União, como os fundos de participação de estados e municípios.

"Não é um Siafi, que é complicado e precisa de senha. Nosso projeto obriga que todos os entes públicos abram seus sistemas de administração orçamentária e financeira, coloquem tudo na internet, o que foi comprado, de quem foi comprado e qual o valor pago", afirmou o parlamentar, em novembro de 2004, logo após a aprovação da proposta pelo Senado.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Coelhinho Felpudo

Um coelhinho felpudo estava fazendo suas necessidades matinais quando
olha para o lado, e vê um enorme urso fazendo o mesmo.
O urso se vira para ele e diz: - Hei, coelhinho, você solta pêlos? O
coelhinho, vaidoso e indignado, respondeu:
- De jeito nenhum, venho de uma linhagem muito boa...
Então o urso pegou o coelhinho e limpou a bunda com ele.

MORAL DA HISTÓRIA:

CUIDADO COM AS RESPOSTAS PRECIPITADAS, e PENSE BEM NAS POSSÍVEIS
CONSEQÜÊNCIAS ANTES DE RESPONDER!

No dia seguinte, o leão, ao passar pelo urso diz:
- Aí, hein, seu urso! Com toda essa pinta de bravo, fortão, bombado...!
Te vi ontem, dando o rabo prum coelhinho felpudo.
Já contei pra todo mundo!!!

MORAL DA MORAL:


VOCÊ PODE ATÉ SACANEAR ALGUÉM, MAS LEMBRE-SE QUE SEMPRE EXISTE ALGUÉM
MAIS FILHO DA PUTA QUE VOCÊ!

'O problema do Brasil é que, quem elege os governantes não é o pessoal
que lê jornal, mas quem limpa a bunda com ele!'

Enviado por email por Rodrigo bitu,
Email: rbituzin@oi.com.br

segunda-feira, 24 de maio de 2010

No consultório médico.

O Seu Antônio, aproveitando a viagem a Fortaleza, foi ao médico fazer um 'xecápi'. Pergunta o médico:
- Sr. Antônio, o senhor está em muito boa forma para 40 anos.
- E eu disse ter 40 anos?
- Quantos anos o senhor tem?
- Fiz 57 em maio que passou.
- Puxa! E quantos anos tinha seu pai quando morreu?
- E eu disse que meu pai morreu?
- Oh, desculpe! Quantos anos tem seu pai?
- O véio tem 81.
- 81? Que bom! E quantos anos tinha seu avô quando morreu?
- E eu disse que ele morreu?
- Sinto muito. E quantos anos ele tem?
- 103, e anda de bicicleta até hoje.
- Fico feliz em saber. E seu bisavô? Morreu de quê?
- E eu disse que ele tinha morrido? Ele está com 124 e vai casar na semana que vem.
- Agora já é demais! - Diz o médico revoltado. - Por que um homem de 124 anos iria querer casar?
- E eu disse que ele QUERIA se casar? Queria nada, ele engravidou a moça...
Dominio Publico.
(Transcrito do blog do sanharol)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

DESTAQUE DO DIA

DESTAQUES DO DIA
19.05.2010

Blog do Zé:

Dilma na frente, Serra fala de empate

Um dado básico - e trágico - para comparação

Presença e seriedade na Marcha dos Prefeitos

Mais uma herança maldita do governo FHC

A melhor do dia vem do front econômico

Hélio Costa e Pimentel batem Anastasia

Banda larga e as verdadeiras razões das teles

Jogada Quércia x Temer não é o que parece

O perigo de não repensar noticiário sobre o Irã


Entrevista do mês:
"É hora da esquerda voltar a pensar estrategicamente"
Entrevista com Emir Sader

Colunista do dia:
Liberdade de expressão para quem?
Artigo de Venício A. de Lima


www.zedirceu.com.br

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Concurso

Nasci na cidade de Várzea Alegre e me criei em Icó, estado do Ceará. Icó é uma cidade situada às margens do Rio Salgado, onde deleitava-me quando criança, pulando do arco de uma ponte que liga Icó a Iguatu, disso guardo singelas recordações. Deixamos Icó e vamos agora para São Paulo, quando cheguei aos dezoito anos sem nenhuma experiência para o trabalho, até aquele momento. Consegui emprego de vendedor de carnê da Seabra Consorte, mas me faltou talento e ambiente para o cargo. Depois trabalhei em uma indústria metalúrgica em Vila Sônia. Também não fui bem sucedido no emprego. Na mesma rua havia o empório da Dona Maria, onde trabalhei por alguns meses. Meu primeiro registro em carteira foi em uma padaria que havia em Vila Sônia por nome de Tentação! Depois trabalhei um ano nos supermercados Andrade, como balconista. E em seguida, em um mercadinho por nome de Big Boi. Os donos mais tarde tornaram-se meus clientes em uma Banca de Jornal que tive no mesmo bairro. Trabalhei também no Supermercado Shinohara. Foi quando voltei aos estudos, com o apoio de Haruo e Toshio Shinohara. Mais tarde iniciei letras na FAI, hoje UNIFAI. Também trabalhei de auxiliar de balcão na livraria Siciliano; balconista na livraria Saraiva e retorno ao Shinohara como encarregado geral da loja quatro da Avenida Jabaquara 1930. Agora algumas de minhas atividades sociais: Fundei, com outros amigos, um núcleo da Associação Antialcoólica do Estado de São Paulo no bairro do Caxinguí, esse núcleo existe ainda hoje. Fui filiado ao PCB, aliás, o único partido do qual fui filiado, e saí delegado regional para o fatídico 10º congresso, onde transformaram um partido genuinamente de esquerda, em partido de oportunistas. Para não ficar com os oportunistas, filiei-me ao PC, que após demanda judicial, impetrada por Roberto Freire Presidente do partido à época, volta a ser PCB, mas já não era o mesmo. Na Associação fui coordenador do núcleo de Vila Sônia, onde elevei a freqüência de 10 para 100 participantes aproximadamente. Fiz apenas o que deveria ter sido feito, pelo meu antecessor, Democratizei o núcleo e visitei os demais. No partidão, conheci o camarada revolucionário, Genésio Homem de Oliveira (Atendia por Raboti, operário em russo). E para minha surpresa, descobrimos que éramos ainda parentes por parte dos Siebras, família do meu avô materno, minha bisavó, Laura Gonçalves Siebra. O Genésio em corpo físico não existe, mas entre nós que vivemos aquele momento, ele já faz parte da história do Brasil. Seu legado é reconhecido por pessoas como: Roberto Romano, Frei Beto, Jacob Gorender Luis Mir e tantos outros que poderão dizer muito mais e melhor sobre esta grande figura que foi o Raboti. Hoje tenho uma família que a amo muito, que são: Minha esposa e minhas filhas. E também meus amigos. Sou formado em Letras pela UNIBAN-CL e pós graduando em psicopedagogia pela UNIANHAGUERA e na medida do possível procuro compartilhar minha experiência com os jovens que estão cada vez mais necessitando de conhecer a sua história. Pois minha história é a história de um brasileiro igual a você, ela é mais bonita que a história de "Robinson Crusoe" herói do romance utópico de Daniel Defoe, e muito bem lembrado por Drummond. A soma de tudo isso é igual a mim, e sob esse arquétipo construo meus relacionamentos.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Racismo

Mensagem encaminhada
Gustavo Henrique



Um bom texto, nessa época de eleições...


Veja estimula ódio e preconceitos


Altamiro Borges
La Insignia. Brasil, agosto de 2006.


Na noite deste sábado, no caixa de um supermercado na região central de São Paulo, uma típica senhora da alta classe média, vestida no pior estilo da perua decadente, pega a última edição da revista Veja. Na capa, a foto de uma mulher negra, título de eleitor na mão, e a manchete: "Ela pode decidir a eleição". No texto-legenda, a descrição: "Nordestina, 27 anos, educação média, 450 reais por mês, Gilmara Cerqueira retrata o eleitor que será o fiel da balança em outubro". A dondoca burguesa, indignada, tenta puxar conversa, em plena militância eleitoral. "Que absurdo. Onde já se viu essa gente pobre decidir o destino do país. Eu odeio o Lula. Deus nos livre dele". O episódio, por mais repugnante que possa parecer, é verídico. Dá ânsia de vomito, mas é real, infelizmente. Ele revela o grau exacerbado de preconceito da burguesia e de parcelas da "classe mérdia" contra o presidente Lula e por sua opção, mesmo tímida, de priorizar os investimentos nas áreas carentes. A extremada reação da madame deve ter sido exatamente a orquestrada pelos conspiradores da Editora Abril, asseclas do golpista-mor Roberto Civita. O objetivo desta e de outras edições da revista Veja é o de criar um clima de ódio entre as camadas médias contra o atual governo. A publicação não visa informar, mas sim manipular e gerar preconceitos.
E a perua nem havia lido a revista - bastou a capa para liberar seus piores instintos de classe. As páginas internas destilam veneno; são todas editorializadas e não informativas e imparciais. Num texto leviano, por exemplo, esta edição novamente vincula os petistas ao crime organizado. Sem provas, afirma: "Fica evidente a simpatia do PCC pelo PT, bem como a aversão da organização pelo PSDB" - o que mereceria um imediato processo judicial do partido contra a Editora Abril. Noutro artigo, não vacila em citar a China - seu eterno diabo comunista - para atacar o "tímido" crescimento da economia brasileira, por culpa do "populismo e do corporativismo" do governo Lula, que "criam um ambiente avesso à competição e a inovação". Haja descaramento!
Panfleto da direita
Mas é na reportagem de capa, que ocupa dez páginas da edição, que a Veja escancara todo o seu preconceito e ódio de classe. O primeiro artigo tenta desqualificar os 34 milhões de eleitores do Nordeste, com pouca escolaridade (93% até o nível médio) e baixa renda (71% ganham até R$ 700). De forma marota, acusa essa "gente pobre" de ser vítima do assistencialismo. "[Gilmara] não tem dinheiro para comprar um par de óculos para o filho caçula, mas está satisfeita com a vida - e com Lula. 'Ele é um homem bom', diz ela, que, como outros 22 milhões de nordestinos, recebe o Bolsa Família - a mais espetacular alavanca eleitoral de Lula no Nordeste".
Já o segundo texto reforça o dogma neoliberal de que os investimentos públicos em programas sociais equivalem à "gastança" e são ineficientes economicamente. A manipulação é descarada. O próprio articulista constatou que várias cidades e regiões do Nordeste tiveram suas economias dinamizadas devido aos programas sociais do governo. As vendas no varejo cresceram 17,7% - bem acima dos 7% na região Sudeste - e "os nordestinos passaram a comprar mais alimentos perecíveis, material de limpeza e higiene". Apesar destes fatos irretocáveis, o pau-mandado dos Civitas aposta no desastre desta política e ainda tenta estimular a discriminação regional:
"O Nordeste enfrenta uma bolha de crescimento inflada pelo aumento do consumo, que, por sua vez, é lastreado em grande parte no dinheiro que os brasileiros que trabalham e pagam impostos carreiam para a região em programas assistenciais". Haja rancor pequeno-burguês! O último texto é o mais raivoso de todos; já verte veneno no título: "Reféns do assistencialismo". Em poucas linhas, ele bate três vezes na tecla de que os programas sociais do governo "distribuem dinheiro dos brasileiros que trabalham e pagam impostos a 44 milhões de outros brasileiros" - os nordestinos. A repetição não é por mera incompetência. Visa exatamente contaminar a madame e outros individualistas empedernidos das camadas médias.
O medo da democracia
O lamentável episódio deste sábado, que causou irritação e reforçou a convicção de que a classe "mérdia" é egoísta e burra, corrobora uma tese defendida pelo historiador Augusto Buonicore, num excelente artigo na revista Debate Sindical. Conforme ele demonstra, as classes dominantes fizeram de tudo para evitar a ampliação dos espaços democráticos. Sempre temeram o sufrágio universal, exatamente por temerem o voto da "gente pobre" - da mulher, nordestina, negra, baixa escolaridade e poucas posses. No caso das mulheres, elas só conquistaram esse direito em 1918, na Inglaterra; em 1920, nos EUA; em 1934, no Brasil; e em 1948, na França. Já os negros dos EUA, exemplo de democracia para a Editora Abril, só adquiriram direitos políticos nos anos 60.
Foi John Locke, principal teórico liberal da revolução inglesa, quem propôs a exclusão dos não-proprietários do direito ao voto: "Todo governo não possui outra finalidade além da conservação da propriedade". Já James Madison, o quarto presidente dos EUA, confessou: "Se as eleições forem abertas para todas as classes do povo, a propriedade não será mais segura". E até John Stuart Mill, um liberal progressista, tentou desfigurar o sufrágio universal. "Um empregador é mais inteligente do que um operário por ser necessário que ele trabalhe com o cérebro e não só com os músculos. Nestas condições, pode-se atribuir dois ou três votos a toda pessoa que exerce uma dessas funções de maior relevo", pregou, ao defender o voto diferenciado entre as classes.
A conquista destes direitos demandou dos trabalhadores muitas revoltas, manifestações, greves e revoluções. "A consigna 'um homem um voto', que se tornou paradigma dos estados modernos, soava como algo subversivo aos liberais burgueses. A própria palavra democracia era explosiva. Assim, contraditoriamente, o que conhecemos como democracia burguesa foi uma conquista da luta dos trabalhadores contra a própria burguesia que tentava excluí-los da vida pública", conclui Buonicore. Apesar dos limites e seduções da democracia burguesa, ela permitiu que um operário grevista, no Brasil, e um líder camponês, na Bolívia, chegassem à Presidência da República.
Atentado à Constituição
É isso que causa tanta ojeriza, preconceito e ódio de classe à revista Veja e às madames-peruas. Por mais que o governo Lula tenha cedido - e cedeu demais ao "deus-mercado" -, as elites não o toleram. Não aceitam que um novo bloco de forças, oriundo das camadas populares e das lutas sociais, tenha chegado ao governo central. Não aceitam que o governo, mesmo que timidamente, inverta algumas prioridades e invista em programas sociais, na valorização do salário mínimo, na ampliação do crédito popular, na agricultura familiar. Elas têm nojo desta "gente pobre" e do que Lula simboliza. A maioria pobre é para ser uma fiel serviçal e não quem "decide a eleição".
Numa democracia mais avançada, a Editora Abril seria processada por estimular o preconceito e a discriminação regional, que ferem a Constituição; já a dondoca seria presa por racismo! Apesar dos limites da "democracia dos proprietários", seria saudável para a democracia e para o próprio jornalismo que pipocassem centenas de processos na Justiça contra esta asquerosa publicação! É preciso ter a dignidade e ousadia do jornaleiro Fabio Marinho, dono de uma movimentada banca em Porto Alegre, que se recusou a vender esta revista! A Veja está passando de todos os limites e merece o forte repúdio da sociedade.


(*) Altamiro Borges é jornalista, editor da revista Debate Sindical e autor do livro "As encruzilhadas do sindicalismo" (Editora Anita Garibaldi).