quarta-feira, 19 de maio de 2010

Concurso

Nasci na cidade de Várzea Alegre e me criei em Icó, estado do Ceará. Icó é uma cidade situada às margens do Rio Salgado, onde deleitava-me quando criança, pulando do arco de uma ponte que liga Icó a Iguatu, disso guardo singelas recordações. Deixamos Icó e vamos agora para São Paulo, quando cheguei aos dezoito anos sem nenhuma experiência para o trabalho, até aquele momento. Consegui emprego de vendedor de carnê da Seabra Consorte, mas me faltou talento e ambiente para o cargo. Depois trabalhei em uma indústria metalúrgica em Vila Sônia. Também não fui bem sucedido no emprego. Na mesma rua havia o empório da Dona Maria, onde trabalhei por alguns meses. Meu primeiro registro em carteira foi em uma padaria que havia em Vila Sônia por nome de Tentação! Depois trabalhei um ano nos supermercados Andrade, como balconista. E em seguida, em um mercadinho por nome de Big Boi. Os donos mais tarde tornaram-se meus clientes em uma Banca de Jornal que tive no mesmo bairro. Trabalhei também no Supermercado Shinohara. Foi quando voltei aos estudos, com o apoio de Haruo e Toshio Shinohara. Mais tarde iniciei letras na FAI, hoje UNIFAI. Também trabalhei de auxiliar de balcão na livraria Siciliano; balconista na livraria Saraiva e retorno ao Shinohara como encarregado geral da loja quatro da Avenida Jabaquara 1930. Agora algumas de minhas atividades sociais: Fundei, com outros amigos, um núcleo da Associação Antialcoólica do Estado de São Paulo no bairro do Caxinguí, esse núcleo existe ainda hoje. Fui filiado ao PCB, aliás, o único partido do qual fui filiado, e saí delegado regional para o fatídico 10º congresso, onde transformaram um partido genuinamente de esquerda, em partido de oportunistas. Para não ficar com os oportunistas, filiei-me ao PC, que após demanda judicial, impetrada por Roberto Freire Presidente do partido à época, volta a ser PCB, mas já não era o mesmo. Na Associação fui coordenador do núcleo de Vila Sônia, onde elevei a freqüência de 10 para 100 participantes aproximadamente. Fiz apenas o que deveria ter sido feito, pelo meu antecessor, Democratizei o núcleo e visitei os demais. No partidão, conheci o camarada revolucionário, Genésio Homem de Oliveira (Atendia por Raboti, operário em russo). E para minha surpresa, descobrimos que éramos ainda parentes por parte dos Siebras, família do meu avô materno, minha bisavó, Laura Gonçalves Siebra. O Genésio em corpo físico não existe, mas entre nós que vivemos aquele momento, ele já faz parte da história do Brasil. Seu legado é reconhecido por pessoas como: Roberto Romano, Frei Beto, Jacob Gorender Luis Mir e tantos outros que poderão dizer muito mais e melhor sobre esta grande figura que foi o Raboti. Hoje tenho uma família que a amo muito, que são: Minha esposa e minhas filhas. E também meus amigos. Sou formado em Letras pela UNIBAN-CL e pós graduando em psicopedagogia pela UNIANHAGUERA e na medida do possível procuro compartilhar minha experiência com os jovens que estão cada vez mais necessitando de conhecer a sua história. Pois minha história é a história de um brasileiro igual a você, ela é mais bonita que a história de "Robinson Crusoe" herói do romance utópico de Daniel Defoe, e muito bem lembrado por Drummond. A soma de tudo isso é igual a mim, e sob esse arquétipo construo meus relacionamentos.

Um comentário:

  1. 92º Classificação. Se serei chamado não sei, mas acho que fui bem colocado, levando em conta que não estudei para esse concurso. Estudar mesmo não, dei apenas uma olhada o que faço regularmente.

    ResponderExcluir