sábado, 17 de abril de 2010

Por que a Folha mente.

Por que a Folha mente
Blog do Emir
Por que a Folha mente (mente, mente, mente, desesperadamente)

As elites de um país, por definição, consideram que representam os interesses gerais do mesmo. A imprensa, com muito mais razão, porque está selecionando o que considera essencial para fazer passar aos leitores, porque opina diariamente em editoriais – e em matérias editorializadas, que não separam informação de opinião, cada vez mais constantes – sobre temas do país e do mundo.

A FSP, como exemplo típico da elite paulistana, é um jornal que passou a MENTIR abertamente, em particular desde o começo do governo Lula. Tendo se casado com o governo FHC – expressão mais acabada da elite paulistana -, a empresa viveu mal o seu fracasso e a vitória de Lula. Jogou-se inteiramente na operação “mensalão”, desatada por uma entrevista de uma jornalista tucana do jornal, que eles consideravam a causa mortis do governo Lula, da mesma forma que Carlos Lacerda,na Tribuna da Imprensa, se considerava o responsável pela queda do Getúlio.

Só que a história se repetiria como farsa. Conta-se que, numa reunião do comitê de redação da empresa, Otavio Frias Filho – herdeiro da empresa dirigida pelo pai -, assim que Lula ganhou de novo em 2006, dava voltas, histérico, em torno da mesa, gritando “Onde é que nós erramos, onde é que nós erramos”, quando o candidato apoiado pela empresa, Alckmin, foi derrotado.

O jornal entrou, ao longo da década atual, numa profunda crise de identidade, forjada na década anterior, quando FHC apareceu como o representante mor da direita brasileira, foi se isolando e terminou penosamente como o político mais rejeitado do país, substituído pelo sucesso de Lula. Um presidente nordestino, proveniente dos imigrantes, discriminados em São Paulo, apesar de construir grande parte da riqueza do estado de que se apropria a burguesia. Derrotou àquele que, junto com FHC, é o político mais ligado à empresa – Serra -, que sempre que está sem mandato reassume sua coluna no jornal, fala regularmente com a direção da empresa, aponta jornalistas para cargos de direção – como a bem cheirosa jornalista brasiliense, entre outros – e exige que mandem embora outros, que ele considera que não atuam com todo o empenho a seu favor.

O desespero se apoderou da direção do jornal quando constatou não apenas que Lula sobrevivia à crise manipulada pelo jornal, como saía mais forte e se consolidava como o mais importante estadista brasileiro das últimas décadas, relegando a FHC a um lugar de mandatário fracassado. O jornal perdeu o rumo e passou a atuar de forma cada vez mais partidária, perdendo credibilidade e tiragem ano a ano, até chegar à assunção, por parte de uma executiva da empresa, de que são um partido, confissão que não requer comprovações posteriores. Os empregados do jornal, incluídos todos os jornalistas, ficam assim catalogados como militantes de um partido (tucano, óbvio) político, perdendo a eventual inocência que podiam ainda ter. Cada edição do jornal, cada coluna, cada notícia, cada pesquisa cada editorial, ganharam um sentido novo: orientação política para a (debilitada, conforme confissão da executiva) oposição.

Assim, o jornal menos ainda poderia dizer a verdade. Já nunca confessou a verdade sobre a conclamação aberta à ditadura e o apoio ao golpe militar em 1964 – o regime mais antidemocrático que o país já teve -, do que nunca fez uma autocrítica. Menos ainda da empresa ter emprestado seus carros para operações dos órgãos repressivos do regime de terror que a ditadura tinha imposto, para atuar contra opositores. Foi assim acumulando um passado nebuloso, a que acrescentou um presente vergonhoso.

Episódios como o da “ditabranda”, da ficha falsa da Dilma, da acusação de que o governo teria “matado” (sic) os passageiros do avião da TAM, o vergonhoso artigo de mais um ex-esquerdista que o jornal se utiliza contra a esquerda, com baixezas típicas de um renegado, contra o Lula, a manipulação de pesquisas, o silêncio sobre pesquisas que contrariam as suas (os leitores não conhecem até hoje, a pesquisa da Vox Populi, que contraria a da FSP que, como disse um colunista da própria empresa, era o oxigênio que o candidato do jornal precisava, caso contrário o lançamento da sua candidatura seria “um funeral” (sic). Tudo mostra o rabo preso do jornal com as elites decadentes do país, com o epicentro em São Paulo, que lutam desesperadamente para tentar reaver a apropriação do governo e do Estado brasileiros.

Esse desespero e as mentiras do jornal são tanto maiores, quanto mais se aprofunda a diminuição de tiragem e a crise econômica do jornal, que precisa de um presidente que tenha laços carnais com a empresa e teria dificuldades para obter apoios de um governo cuja candidata é a atacada frontalmente todos os dias pelo jornal.

Por isso a FOLHA MENTE, MENTE, MENTE, DESESPERADAMENTE. Mentirá no fim de semana com nova pesquisa, em que tratará de rebater, com cifras manipuladas – por exemplo, como sempre faz, dando um peso desproporcional a São Paulo em relação aos outros estados -, a irresistível ascensão de Dilma, que tratará de esconder até onde possa e demonstrar que o pífio lançamento de Serra o teria catapultado às alturas. Ou bastaria manter a seu candidato na frente, para fortalecer as posições do partido que dirigem.

Mas quem acredita na isenção de uma pesquisa da Databranda, depois de tudo o que jornal fez, faz e fará, disse, diz e dirá, como partido assumido de oposição? Ninguem mais crê na empresa da família Frias, só mesmo os jornalistas-militantes que vivem dos seus salários e os membros da oposição, com a água pelo pescoço, tentando passar a idéia de que ainda poderiam ganhar a eleição.

Alertemos a todos, sobre essa próxima e as próximas mentiras da Folha, partido da oposição, partido das elites paulistas, partido da reação conservadora que quer voltar ao poder no Brasil, para mantê-lo como um país injusto, desigual, que exclui à maioria da sua população e foi governado para um terço e não para os 190 milhoes de habitante.

Por isso a FOLHA MENTE, MENTE, MENTE, DESESPERADAMENTE.

Emir Sader

emilio ramírez salinas
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quinta-feira, 15 de abril de 2010

O medo e os princípios

O medo e os princípios

14/04/2010 - 22:33 | Enviado por: Mauro Santayana
Por Mauro Santayana


“Não podemos continuar sacrificando os princípios ao medo”, escreveu o ex-senador democrata Gary Hart, ex-candidato à Presidência dos Estados Unidos, ao comentar o artigo The price of assassination, de Robert Wright, publicado na edição eletrônica do New York Times.

Wright analisa a ordem de Obama para o assassinato do cidadão nato norte-americano Anwar al-Awlaki, nascido no Novo México, que estaria no Iemen. Gary Hart tem autoridade moral para intervir no tema: foi membro da importante Comissão Church, do Senado dos Estados Unidos, que investigou o envolvimento de Washington nos assassinatos e tentativa de assassinatos de líderes políticos estrangeiros, em 1975. Entre outros alvos dos serviços secretos norte-americanos, a Comissão Church apontou Patrice Lumumba, Fidel Castro (cinco tentativas), Rafael Trujillo, da República Dominicana, os irmãos Diem, do Vietnã, e o general René Schneider, do Chile. A mesma comissão investigou também a participação dos mesmos serviços na conspiração e no golpe contra Allende, o presidente do Chile, morto ao resistir no Palácio de Governo em setembro de 1973.

Segundo Wright, ao contrário do que imaginam os partidários desses assassinatos no exterior, a “decapitação” dos grupos de “terroristas” inimigos não os esmorece: estimulam-nos. Cita estudo da professora Jenna Jordan, da Universidade de Chicago, que examinou 298 atentados entre 1945 e 2004. Sua conclusão é a de que, a cada atentado exitoso, o assassinado é substituído por um líder mais competente, e o número dos militantes cresce para atuar com maior força. A política dos killing targets é, assim, além de moralmente condenada e juridicamente contestada, prejudicial à segurança dos Estados Unidos.

No caso de Anwar al-Awlaki – cidadão norte-americano de pleno direito, por ter nascido em seu território, como nasceu Barack Obama, e de nome tão árabe quanto o seu – o problema é mais grave. Os juristas indagam se o governo dos Estados Unidos pode determinar a morte de um seu cidadão sem o devido processo da lei – como exige a Constituição. Obama vai além do famoso juiz de paz Charles Lynch, da Virgínia, que formava um simulacro de tribunal a fim de executar os leais à Grã-Bretanha durante a guerra da independência, seguindo os princípios legais da Inglaterra que exigiam o julgamento dos acusados “pelos seus pares”. Lynch – que frequentemente torturava também antes de matar os inimigos – legou-nos o verbo linchar, mas ouvia os acusados, em seu tribunal de faz-de-conta. Obama apenas determinou aos serviços norte-americanos que cacem um cidadão dos Estados Unidos no exterior e o executem.

Wright contesta também a ação militar norte-americana no Paquistão. Os ataques às supostas milícias do Talebã na fronteira entre os dois países, sem que haja autorização formal do governo de Islamabad (tolerar, por falta de opção diplomática ou militar é uma coisa, autorizar é outra) correspondem a atos de guerra não declarada, e, por isso, não permitida pelo Congresso. Em suma, Wright acha que Obama está indo além do que foram seus predecessores na ação militar no Exterior.

“Em nenhum caso – afirma Gary Hart em seu comentário – essas ações foram favoráveis aos Estados Unidos ou à sua política. Ao contrário, uma vez conhecidas, como acabam sendo as coisas, os ideais básicos de nossa Constituição e o prestígio nacional sofrem danos incalculáveis. A saída é a dos princípios contra os expedientes da conveniência. Não podemos continuar sacrificando os princípios ao medo”.

Um assessor jurídico do Departamento de Estado, Harold Koh, tentou defender a legalidade do ato, lembrando que, durante a 2ª. Guerra Mundial, aviadores de elite localizaram um avião em que viajava o oficial japonês que planejara o ataque a Pearl Harbour e o abateram. Koh parece ter-se esquecido de que se encontravam em guerra declarada, e o militar inimigo não era norte-americano. Obama a cada dia mais se parece a seus antecessores na Casa Branca, conduzidos pelo medo e subordinados ao Complexo Industrial-Militar que domina os Estados Unidos, conforme a advertência do general Eisenhower em seu Farwell Address, de 1961.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Plenária sobre o transporte público














A Organização Cultural de Defesa da Cidadania, OCDC convocou a primeira plenária sobre os transportes públicos no Butantã. Embora algumas autoridades não estivessem presente, no balanço geral foi um grande avanço, pois discutir transporte público em S. Paulo é muito dificil, pois não há vontade política dos gestores em melhorar essa área tão carente que é o transporte público.

domingo, 11 de abril de 2010

Soletrando 2010.

Quando cheguei a S. paulo à trinta e sete anos atrás, o meu objetivo era trabalhar e poder ser alguem na vida. Esse é o objetivo da maioria daqueles que migram para o sul do país. Chegamos com nossos sonhos e o que encontramos, na maioria das vezes, é muita dificuldade. O nordestino em S. paulo quer o que ele não tem em sua terra, que é poder trabalhar com dignidade ou seja, o básico necessário para qualquer cidadão progredir na vida.
Os problemas começam com os preconceitos, as pessoas que aqui chegaram a mais tempo, vindos das mais diferentes regiões da Brasil e do mundo vêr nesse movimento migratório uma ameaça à sua estabilidade. Esses acontecimentos fazem parte da história de S. Paulo, no passado eram os Italianos os maus feitores. Tudo que acontecia de errado era culpa das marranos, palavra pejorativa designativa dos judeus, mouros e italianos entre outros tidos como intrusos.
Mas o tempo passou e esses migrantes adquiriram, através de muito sacrificio, o reconhecimento da sociedade. O escritor paulista nascido em Piracicaba, soube como ninguem arrancar das páginas dos jornais da época belas crônicas retratando o jeito e a fala dos italianos do Brás, Bexiga e da Barra Funda. A comovente história do Gaetaninho, uma criança pobre que sonhava passear de carro e que esse passeio só acontece quando o pequeno Gaetaninho corre para pegar uma bola sendo atingido por um bonde que lhe ceifa a vida.
A crônica de Alcântara Machado diz: "Às dezesseis horas do dia seguinte saiu um enterro da rua do Oriente e Gaetaninho, não ia na boléia de nenhum dos carros do acompanhamento. Ia na frente dentro de um caixão com flores pobres por cima." Essas eram as crônicas colhidas por Acântara Machado da sociedade da época.
Hoje, passados tantos anos do milagre brasileiro, onde diziam que o Brasil estava crescendo, e o que o paraiso era o sul do pais, estamos nós, nordestinos aqui no sul do país. Passamos por muitos constrangimentos por estarmos em terras estranhas, mas soubemos fazer nossa parte. Como bem nos caracterizou o escritor Euclides da Cunha: "O Sertanejo acima de tudo é um forte". Educamos nossos filhos para que hoje eles nos deem orgulho, não apenas a nós, como também aos paulistas e a todo povo brasileiro.
Ontem dia 10 de abril foi a final do soletrando do Caldeirão do Huck e pela primeira vez um paulista é finalista do soletrando. E esse representante de S. Paulo é filho de um casal Alagoano o Sr. Luis Honório Silva e sua esposa D. Maria de Fátima.
Dener Luis silva 12 anos 7ª série do ensino fundamental, aluno da E.E Américo Brasiliense, é o novo campeão do soletrando 2010. O Dener também foi medalha de prata da olimpíada de matemática do ano passado. Eu como nordestino, cearense, fico orgulhoso de sua vitória, pois é isso que nós nordestinos desejamos ao migrar para S. Paulo: Mostrar a nossa garra e a nossa força, e que temos muito a contribuir com a cultura de S. Paulo e do Brasil.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Provocações

É ruim e é bom ser provocado
E gosto, porque não gosto
Quando não gosto respondo
Às vezes eu uso o respeito

Invoco até papai Raimundo
Que é para rimar direito
E ganham as letras o mundo!
E eu fico aqui satisfeito.

Esforço-me e deixo-o polido
Com métrica e rima de soneto.
Mudo palavras, o quero contido

Ah! Se eu fosse poeta maldito
Mas, sou muito comedido
Desculpa irmão! É meu jeito.

Francisco Gonçalves de Oliveira.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Carta do Ser Humano

Carta do Ser Humano à você.
Meu nome é Ser humano, nome esquisito, não? Eu não sei como vim parar nesse lugar.. dizem que o nome dele é universo. E querem saber de uma coisa? O universo é um tremendo de um malandrão, ta sempre me enganando, transformando as coisas em outras, a semente em árvore, o dia em noite, a criança num adulto.. até transformou a mim, um homem alto e forte, num velhinho fraco e corcunda, nem pareço o mesmo. E vou confessar a você que tudo isso me espanta muito, por vezes me pego procurando o fio que liga meu coração à tomada. Não o encontro. Meu coração bate sozinho.
Não sou habituado a este tal de universo nem a esse tal de mim mesmo. Tudo me espanta, por isso, busco explicação para tudo, aliás tenho duas filhas a mais velha, a Mitologia (Mitó) e a mais nova, nascida na Grécia,Filosofia (Filó). Sim! Eu, Ser humano, gerei a Filosofia. Pra ser sincero, não sei bem quem é a mãe da Filó (vergonhoso isso, eu sei) antes eu achava que era a Explicaçãodascoisas.. mas fico confuso.. porque há possibilidade de ser a Indagaçãosobreascoisas. São duas mulheres maravilhosas essas. Mas como tenho que decidir somente por uma, decido que a Mãe da Filó é a Indagaçãosobreascoisas.
A minha filha, Mitologia, é muito séria, sabe. Apesar das duas terem a mesma mãe, a Indagação, a Filó é muito diferente da Mitó. A Mitó não se lembra muito da mãe dela, nunca mais se indagou sobre as coisas, só nasceu da barriga da Indagação, mas esqueceu-se dela. É teimosa, com ela não tem meio termo, não escuta ninguém, a verdade dela é absoluta e ponto. Não aceita outros pontos de vista porque se acha a última bolacha do pacote*. Diz que foi um ser divino que revelou tudo para ela e ninguém pode questioná-la. A Filó é diferente, honra a mãe Indagação que tem, se pergunta sobre tudo, até mesmo sobre as loucuras da irmã, Mitologia.
Minha filha Filó, arrumou um namorado agora, um tal do Pensamento racional. Filó namora com o Pensamento.

Bom.. agora to indo embora, e vou contar uma coisa a vocês, mas, shiiiii, pois é segredo. Vou deixar o pensamento, bem pertinho de vocês, mas precisamente EM vocês. Pensem bastante e se tornem como minha filha, filosofem.
Larissa Hupalo